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Violência ou difamação? Johnny Depp confirma vício em opioides mas nega agressões

Num depoimento que durou cerca de três horas, o ator descreveu detalhadamente os pormenores da sua relação com Amber Heard, negou as alegações de violência doméstica e revelou a sua história com o abuso de substâncias ilícitas.

Foto: Getty Images
20 de abril de 2022 às 11:40 Andriana Barbos

O julgamento começou na semana passada, contudo Depp afirmou na terça-feira, 19 de abril, que esta foi a primeira oportunidade que teve para falar sobre este caso na sua íntegra. O protagonista da saga de filmes Piratas das Caraíbas e estrela dos filmes de Tim Burton testemunhou em tribunal contra Amber Heard num julgamento por difamação situado num valor de 50 milhões de dólares.

Na sua declaração, Depp falou sobre o início da relação com Heard. "Pelo que me lembro, ela era boa demais para ser verdade". O ator reconheceu que durante o relacionamento os dois tiveram várias discussões, contudo nega totalmente as acusações de abuso.

Os advogados de Depp afirmam que a atriz está a protagonizar a melhor "atuação da sua vida" nas descrições de abusos, e caracterizaram as suas alegações como uma "emboscada" e uma estratégia calculada para arruinar a reputação do ex-marido. Durante o seu testemunho, o ator afirmou que as declarações de Heard "não se baseiam em nenhuma espécie da verdade". Além disso, fala abertamente dos seus tempos de infância em Kentucky e a agressão que sofreu por parte da sua mãe. "Podia ver quando ela estava prestes a ficar muito irritada e que alguém ia acabar por levar. Geralmente era eu", afirma o artista.

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Depp nega as alegações de Amber e afirma que a sua única preocupação é chegar à verdade. "Eu não merecia isto, nem os meus filhos, nem todas as pessoas que acreditaram em mim ao longo de todos estes anos. A verdade é a única coisa que me interessa. Hoje é realmente a minha primeira oportunidade para falar sobre este caso na sua total integridade", refere o ator.

A estrela de Hollywood descreveu a sua história de consumo de drogas como "auto-medicação" após uma infância difícil, ou uma procura para "aliviar" problemas emocionais. "Não sou um maníaco que precisa de estar drogado constantemente", acrescentou.

O júri ouviu provas apresentadas pelo antigo terapeuta do ex-casal, que descreveu como ambos se envolveram em "abusos mútuos". Uma enfermeira que foi contratada para tratar da toxicodependência de Depp e que assistiu ao casamento do casal testemunhou que, por vezes, Amber discutia com o ex-marido enquanto recebia tratamento médico, consolidou Debbie Lloyd, que viajava frequentemente com Johnny. 

Em contrapartida, Keenan Wyatt, um engenheiro de som que trabalhou com o ator em quase todos os seus filmes desde os anos 90, testemunhou nunca ter visto Depp a abusar verbal ou fisicamente de ninguém, nem dos dois filhos nem da ex-mulher, Vanessa Paradis.

Durante o julgamento anterior, Amber Heard escreveu um depoimento nas redes sociais relativamente ao seu ex-marido ter lançado um processo contra si, por ter escrito um artigo no The Washington Post onde referia a sua experiência de violência doméstica, e no qual afirma: "Nunca o nomeei [Depp], antes escrevi sobre o preço que as mulheres pagam por falar contra os homens no poder. Continuo a pagar esse preço, mas espero que quando este caso termine, eu possa seguir em frente e Johnny também". O ator afirma que o artigo de Amber levou a inúmeras perdas financeiras, incluindo ser afastado de Os Piratas das Caraíbas.

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