Amantes da realeza: os maiores escândalos e desamores
Fizemos uma lista dos melhores casais que se tomaram de arroubos nos cantos escuros de castelos e palácios. Venha connosco nesta breve viagem pela libertinagem da realeza europeia.
É a 18 de janeiro que sai o novo livro sobre a família real britânica. Desta vez, o tema é Carlos III – que, entretanto, foi hospitalizado para uma intervenção à próstata, tal como a princesa de Gales, que está no hospital para uma operação ao abdómen – e o seu primeiro ano de reinado. Mas, como não podia deixar de ser, nas suas 464 páginas escondem-se revelações sumarentas sobre todos os elementos da família real. Para já, Charles III: New King. New Cort. The Inside Story ainda não tem tradução portuguesa, mas, certamente não demorará muito. O livro foi escrito por Robert Hardman, jornalista, escritor e autor de 12 documentários televisivos sobre a casa real britânica. Para fazer este retrato biográfico dos primeiros 12 meses do reinado de Carlos III, Hardman falou com elementos da família real, amigos do rei e da rainha consorte, oficiais do palácio e cortesãos, e teve ainda acesso a documentos reais inéditos sobre os dias que se seguiram à morte da rainha Isabel II e a fase de transição.
E porque qualquer esforço académico e biográfico fica sempre mais engraçado com uma pitada de telenovela, deixamos-lhe aqui algumas das revelações mais surpreendentes.
Os duques de Sussex decidiram chamar Lilibet à segunda filha, o nome carinhoso que as pessoas mais próximas chamavam à rainha desde criança – nome que lhe foi dado pelo avô, Jorge V, imitando a sua tentativa de dizer o seu próprio nome, quando era muito pequena. Quando o marido de Isabel II, o duque de Edimburgo, morreu, em abril de 2021, ela colocou uma nota manuscrita dentro do caixão, que assinou como "Lilibet". Dois meses depois, os Sussexes anunciaram o nascimento de Lilibet Diana Mountbatten-Windsor. Harry e Meghan dizem ter escolhido o nome com o beneplácito da mornarca, mas parece não ter sido esse o caso. Funcionários próximos da rainha dizem que ela ficou furiosa quando soube e que terá dito qualquer coisa como: "Os palácios não são meus. Os quadros não são meus. A única coisa que é minha é o meu nome. E agora até isso me tiraram."
Antes de Camilla entrar na família real – pela porta da frente, porque, pela porta do cavalo, sempre lá esteve – a sua família criou uma alcunha irónica para ela: Lorraine, um trocadilho com o termo francês la reine, que significa rainha. Alegadamente, Carlos nunca achou muita piada à brincadeira, mas Camilla sempre achou engraçado. Para além disso, como se sabe, não vale a pena ir contra as famílias nestas coisas.
No livro, Robert Hardman garante que o princípe André não vai ser afastado do círculo real. O escândalo da sua proximidade com Epstein e o facto de, alegadamente se ter envolvido sexualmente com Virgina Giuffre, que conheceu através do financeiro norte-americano, quando ela tinha 17 anos – algo que o príncipe desmente, mas que acabou por resultar num acordo extra-judicial entre ele e Virginia cujo valor não foi divulgado – fez com que André perdesse quase todos os seus títulos e honrarias. Carlos sempre teve uma grande rivalidade com André, por isso, assumiu-se que ao tornar-se rei, Carlos afastaria ainda mais o irmão. Mas não foi isso que aconteceu. Alegadamente, porque não tem sido desleal para com a família e porque "poderia fazer mais estragos do lado de fora".
Muito se tem dito sobre Carlos estar apenas a aquecer o trono para o filho, uma vez que, tendo em conta a avançada idade com que se tornou rei, não é provável que faça grandes mudanças e que será William a grande lufada de ar fresco. Mas, no seu novo livro, Robert Hardman argumenta que não é provável que isso seja verdade. Quando era ele o príncipe de Gales, Carlos estava sempre envolvido em causas sociais, fazia discursos e prefácios de livros provocadores e chegava a escrever cartas a políticos, puxando-lhes as orelhas ou instando-os a fazer mais e melhor. A postura de William não podia ser mais antagónica. Um dos seus mais antigos conselheiros diz que ele é "uma das pessoas menos ideológicas que alguma vez conheci". Quem espera ver mudanças fará melhor se apostar no cavalo velho.
No que toca a hobbies, o rei herdou o amor do pai, o duque de Edimburgo, pela leitura. Já o príncipe William olha para os livros como uma obrigação, algo em que pega para retirar informação, mas que está longe de ser um prazer. Quando Hardman perguntou a um oficial do palácio quem é o autor preferido de William terá recebido como resposta "ele é mais do tipo box-set [referindo-se a séries em DVD]". Filmes de super-heróis são, alegadamente, uma preferência, em especial Deadpool e Batman. No que toca a notícias, o príncipe recorre as fontes online, como o site da BBC, e briefings da sua equipa. Prefere memorandos concisos, por oposição aos grandes maços de documentos que o rei adora examinar.
Para avançar esta informação, Robert Hardman baseia-se num memo escrito pelo secretário pessoal da rainha, Sir Edward Young, em 2022, que dizia o seguinte: "[Morreu] muito tranquilamente. Durante o sono. Não se apercebeu de nada. Não sentiu dor." Outros elementos do palácio dizem ainda que a rainha teve uma conversa franca com os médicos e que sabia que não ia viver tanto como a mãe – que morreu com 101 anos – e que 2022 seria, provavelmente, o seu último ano de vida. Tentou, por isso, aproveitá-lo o melhor possível.