David Copperfield, Michael Jackson ou Bill Clinton. Os nomes infames no caso Epstein
Novos documentos sobre o caso do famoso criminoso Jeffrey Epstein, foram finalmente publicados na passada quarta-feira, 3 de janeiro.

O caso de Jeffery Epstein começa em 2005, quando o banqueiro é acusado pela família de uma adolescente de 14 anos de a ter assediado na sua mansão. Esta acusação trouxe à luz o depoimento de várias raparigas menores de idade que afirmaram serem contratadas pelo mesmo para fazerem massagens, que afinal tinham um cariz sexual. Em 2006, um ano mais tarde, Epstein é preso perante um grande júri, sob a pena de solicitação de prostituição. É aqui que o FBI começa a sua investigação. Epstein recebe, então, uma pena de 18 meses, mas cumpre a maior parte ao abrigo de um programa de libertação laboral, que o permitiu deslocar-se até ao trabalho, com regresso à noite.
Em 2009, o banqueiro é libertado, mas o número de acusações vai subindo. Uma delas veio por parte de Virgina Giuffre que afirma que tinha apenas 17 anos quando Epstein e a sua namorada e cúmplice, Ghislaine Maxwell, a forçaram a ter encontros sexuais com vários homens da alta sociedade, um deles o príncipe André, como mais tarde foi revelado no documentário da Netflix Jeffrey Epstein: Poder e Perversão, de 2020, através de uma fotografia do membro da realeza com uma das raparigas.


Em 2019, mais concretamente no dia 6 de julho, o caso tem o seu clímax com a detenção de Epstein, sob a acusação federal de tráfico sexual, mas no dia 10 de agosto Epstein é encontrado morto na cela, numa prisão federal em Nova Iorque. As investigações concluíram que foi por suícidio, mas há quem tenha outras teorias.
Dois anos mais tarde, a sua companheira e cúmplice, Ghislaine Maxwell, é presa e acusada de crimes sexuais, é dito que Maxwell ajudou Epstein a recrutar as raparigas menores de idade de quem o ex-banqueiro abusava sexualmente e que, por vezes, ela própria participava nos atos.

O caso obteve uma nova atualização quando no dia 18 de dezembro de 2023, a juíza federal Loretta Preska decidiu que os documentos selados do processo de difamação, movido por Virginia Giuffre contra Ghislaine Maxwell, de 2015, seriam divulgados no dia 1 de janeiro de 2024. Quarenta e cinco documentos acabaram por ser revelados na noite de 3 de janeiro de 2024 e revelam muitos nomes de altas figuras públicas, após ter chegado ao fim o prazo de recurso posto por dois dos mencionados no documento.

Os nomes previamente conhecidos vão desde o ex-presidente americano, Donald Trump, ao monarca britânico, príncipe André e até Bill Clinton (e o seu assessor Doug Band) que, num depoimento de 2016 de Johanna Sjoberg, uma das acusadoras de Epstein, lhe é perguntado: "Jeffrey alguma vez falou sobre Bill Clinton?", ao que ela responde: "Ele disse uma vez que Clinton gostava de raparigas jovens". No total são 187, com maior ou menor envolvimento, em anos distintos.

Os novos nomes incluem o famoso mágico David Copperfield, que jantou com Johanna Sjoberg numa das casas do falecido e que lhe perguntou se sabia que as raparigas eram pagas para recrutar outras raparigas, isto tudo de acordo com os documentos revelados. Michael Jackson também é referido, Sjoberg afirma que conheceu o cantor na casa de Epstein em Palm Beach, mas afirma que não teve nenhum contacto físico com o mesmo. É também referido o nome do executivo do setor da moda Jean-Luc Brunel, que foi acusado de ser um agente de prostituição de mulheres para Epstein. Brunel foi detido em dezembro de 2020 pela polícia francesa por ter agredido sexualmente uma menor, e foi encontrado mais tarde morto na sua cela, numa prisão de Paris, no dia 19 de fevereiro de 2022. A causa da morte foi determinada como suicídio por enforcamento. Está ainda Stephen Hawking.
É de destacar que o documento que revela os registos de voo dos passageiros que viajaram a bordo do jato privado de Epstein, apresenta um grande número de nomes, muitos sobre alcunhas ou descritos apenas pelo género.
Pode ler o documento na sua íntegra aqui.

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