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4 hábitos a evitar na rotina de beleza, segundo uma dermatologista

Da utilização do protetor solar ao uso de esponjas de duche, será que estamos a fazer as coisas bem? Conversámos com Ana Moreira, dermatologista na Allure Clinic do Porto, para descobrir.

Foto: Freepik
29 de novembro de 2022 Ana Filipa Damião

Segundo os cientistas, precisamos de pelo menos 18 dias para tornar qualquer ato diário num hábito, mas e para nos "livrarmos" deles? Acontece que nem todos os hábitos que incorporamos na rotina de beleza são bons para a pele, e há que fugir deles o mais rápido possível. Quem o afirmou foi Hanna English, uma skin influencer formada em farmacologia, na sua conta do Instagram. Será verdade? Conversámos com Ana Moreira, dermatologista na Allure Clinic no Porto, para desvendar o mistério.

Lavar o corpo com uma luffa

A luffa, fruto de uma planta trepadeira, pode ser usada como luva ou esponja de duche, como uma solução biodegradável à esponja normal. Contudo, é precisamente a sua composição bio que a torna suscetível de ganhar bolor e outras contaminações em contacto com a água. Ana Moreira recomenda "a utilização da mão ou de uma luva cujo material é semelhante ao das toalhas e que permite uma lavagem frequente, de modo a proteger a pele de algumas contaminações."

Pôr perfume no pescoço e zona de decote 

Os perfumes contêm componentes que, embora não sejam necessariamente maus para o organismo, podem despoletar reações adversas."É preferido aplicá-lo em zonas onde o sol não incide ou na roupa, pois algumas substâncias presentes neles poderão ser fotossensíveis e, nalgumas pessoas, isto faz com que haja uma reação fototóxica", uma vez que a sua pele capta mais os raios ultravioleta A e B.


Misturar protetor solar com outro produto

No que toca à mistura destes dois elementos, a dermatologista afirma que pode ser feita, mas não recomenda a prática. "Efetivamente, prefiro que se aplique primeiro um creme hidratante, emulsão ou sérum, deixar absorver, e só posteriormente juntar o protetor solar. Isto porque, quanto fazemos essa junção, diluimos o protetor e, consequemente, reduzimos um pouco o índice de proteção solar que estamos a utilizar". 

A influencer alerta ainda no seu vídeo para nunca confiarmos somente no fator SPF da maquilhagem, pois quase nunca será o suficiente em termos de proteção. A quantidade correta de protetor solar que temos de aplicar é de 2 milígramas por centímetro quadrado de pele, clarifica Ana Moreira. Isto é o que é feito em laboratório e é o valor indicado nas embalagens dos protetores. "Habitualmente, as pessoas aplicam menos, o que quer dizer que vão ter um índice de proteção bastante inferior." 

Optar por produtos sem conservantes

O uso de conservantes é um tema que levanta frequentes questões. Sem eles, os produtos cosméticos podem ser contaminados por bactérias, bolor e fungos, levando a irritações cutâneas, mas o mesmo pode acontecer com o seu uso. É verdade que os cremes têm bastantes conservantes, mas em pequeníssimas quantidades, começa por dizer a dermatologista. "Efetivamente, produtos como os sulfatos, o formaldeído, por vezes também o chumbo, os parabenos, podem causar o que chamamos de dermite de contacto alérgica, mas isso ocorre em pessoas que estão sensibilizadas. De uma forma geral, os conservantes que permitem manter a qualidade dos cremes não são agressivos e são bem tolerados". 

Recentemente, tem surgido alguma indústria com produtos de cosmética estéril, ou seja, sem a adição de conservantes. Graças a um sistema airless, o produto não entra em contacto com o ar, precisamente para evitar contaminação com fungos e bactérias. No entanto, o seu público alvo são principalmente peles mais sensíveis.

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