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Como venci a homofobia. Douglas Stuart, autor de 'Shuggie Bain'

O livro vencedor do Booker Prize em 2020, ‘Shuggie Bain’ de Douglas Stuart, conta uma história de superação, descreve em detalhe o quotidiano de um rapaz educado por uma mãe alcoólica. Romance inesquecível sobre a realidade de crescer pobre num meio completamente hostil, onde os gays não são aceites. Recordamos o encontro com o autor neste Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, celebrado a 17 de maio.

Foto: Clive Smith
17 de maio de 2023 Tiago Manaia

O céu de Lisboa está cinzento. No dia em que conhecemos Douglas Stuart, as nuvens têm humores parecidos com o tempo de Glasgow, onde decorre a ação de Shuggie Bain. Romance de 500 páginas que nos deixa completamente mergulhados na realidade dos anos 80, num bairro mineiro da Escócia. No quotidiano e na falta de trabalho, imperam as políticas de austeridade de Margaret Thatcher. Shuggie é um rapaz especial, percebemos logo nas primeiras páginas. O livro começa por descrever o mundo familiar à sua volta, num envolvimento que em nada poupa o leitor, revelando-se absolutamente eficaz — a personagem do jovem Shuggie viverá em nós para sempre. A sua mãe, uma bela mulher parecida com Elizabeth Taylor, tenta educar os três filhos, fintando a miséria com álcool enquanto recebe golpes dos homens por quem se vai apaixonando. Quem ficará ao seu lado enquanto a vida se desfaz?

Douglas Stuart está sentado numa sala vazia, nos escritórios da sua editora, a Penguin Livros, em Lisboa, prepara-se para começar um périplo e deverá viajar nos próximos dias para as principais livrarias da Europa. Há um fenómeno crescente à volta do seu livro, recebeu o Booker Prize durante a pandemia, até agora só tinha conhecido a notoriedade de forma virtual. De entusiasmo sereno, fala num tom doce, nunca levanta a voz.

A canção de Whitney Houston torna-se um pretexto para Shuggie Bain alcançar a liberdade.
A canção de Whitney Houston torna-se um pretexto para Shuggie Bain alcançar a liberdade. Foto: Getty Images

Shuggie Bain é o seu romance de estreia, aos 45 anos, até aqui a sua vida foi dedicada a uma carreira na Moda. Douglas trabalhou para marcas como a Calvin Klein ou a Ralph Lauren, o design de luxo nada tinha a ver com a realidade da sua infância em Glasgow, "só nos últimos anos senti que tudo fazia sentido, ao desenhar para marcas como a Banana Republic ou a Gap porque as pessoas podiam comprar as roupas que criava, não eram peças de preço exorbitante", diz-nos. 

A pobreza que o seu livro descreve marca os encontros com os jornalistas pelo mundo fora, alguns artigos sobre Shuggie Bain acabam por deixar de lado todas as questões relativamente à homofobia, que é central na história deste rapaz. Shuggie é agredido com frequência por não ser viril como a sociedade quer que seja. Douglas Stuart mexe em várias feridas. Quisemos também falar com ele sobre mulheres inspiradoras, evocando a arte.

Podemos começar a entrevista a falar da Whitney Houston? 

(Douglas Stuart começa a rir-se)

Sem revelar muito do livro… Há um momento, apesar da carga dramática de toda a história, em que percebemos haver um sentimento de esperança inabalável dentro deste miúdo, o Shuggie Bain. Há algo horrível que está prestes a acontecer-lhe e ele canta o de Greatest Love of All da Whitney Houston. A letra diz, "eles não me vão tirar a dignidade". Que camadas estão presentes nesta escolha musical? 

Pensei muito nessa canção. Nesse momento do livro o Shuggie está imerso num pântano, a ser sugado. Eu sabia que ele faria algo como um canto de cisne. Algo inesperado. O Shuggie é a esperança para o futuro no livro.  Às vezes os nossos pais têm uma vida má, e acabam por se afundar em algum tipo de adição e vício, ou são pobres. Mas todos os pais esperam algo de melhor para os filhos. O livro chama-se Shuggie Bain porque ele é o fragmento de esperança que sai de dentro da mãe, Agnes, que é alcoólica. A canção da Whitney surgiu-me de imediato, porque como ela diz na letra,  "as crianças são o futuro". E muito do que acontece no livro é um questionamento do que é ser normal.

A Agnes passa por isso, é ostracizada, por ser brilhante e mais extravagante que as mulheres à sua volta. E o Shuggie também conhece esse lado. Ele é extremamente solitário. Só que as pessoas continuam a pedir a ambos para se safarem, querem que sejam como todos os outros. A Agnes continua sempre a voltar à vida com orgulho, há outra cena em que ela ensina o Shuggie a dançar … 

Ela diz ao filho para continuar a dançar à frente dos outros miúdos que gozam com ele …

Sim. Naqueles anos a noção de orgulho gay não existia. Mesmo as pessoas que gostavam de ti, não tinham ferramentas para te dizer: "vais ficar bem, a vida vai fluir, vais encontrar amor, vais ser feliz". Sobretudo quando fazias parte da classe operária. Portanto a canção de Whitney Houston torna-se um pretexto para ele alcançar a liberdade. E esta canção era muito importante para mim, porque no livro há tanta coisa sobre a dignidade e o amor-próprio. E sabes, a vergonha e o orgulho são sentimentos que podem existir lado a lado.

Quando se cresce num meio desfavorecido, estas cantoras representam a luz ao fundo de um túnel sem fim? São um sinal de esperança? Na tua infância foram elas que te ligaram ao mundo das artes? 

A 100% sim. Quando eu era miúdo não havia qualquer tipo de Arte na televisão. Não via muitas peças de teatro ou pintura. Mas tinhas música pop…Eu cresci numa comunidade que não lia, não haviam livros em minha casa, era normal naquela época. Não tínhamos dinheiro para comprar livros, e também não nos sentíamos representados nas histórias que se contavam na literatura. Isso não nos tornava miúdos menos empáticos, criativos ou queridos. Os livros só não faziam parte da nossa vida. Mas a música pop estava em todo o lado, era muito importante no quotidiano. O que compõe também muito a história do Shuggie é a falta de mobilidade por ser pobre. Ele e a mãe não conhecem muito mais do que as quatro ruas à volta do bairro onde vivem. Aquilo é o palco deles. E depois têm pequenos vislumbres através da música pop e sobretudo através de mulheres muito fortes. Funciona como um buraco de fechadura para o qual eles podem espreitar de vez em quando — vêem que existe um mundo diferente algures.

No livro, a mãe Agnes, é descrita como sendo muito parecida com Elizabeth Taylor. E tanto ela como Whitney Houston tiveram grandes problemas de adição. O que torna estas mulheres tão fascinantes? São quase maiores que a própria vida, e ao mesmo tempo tão frágeis? 

Acho que é difícil ser uma mulher em qualquer lado. Mesmo que sejas uma mulher com sucesso, o mundo está sempre a julgar-te, ou contra ti. Quando eu era miúdo, foi a minha mãe que me introduziu à Elizabeth Taylor — e falo da minha mãe verdadeira e não da Agnes no livro. A minha mãe sofreu de dependência durante toda a minha infância, quando és uma criança, a crescer no meio disto passas a ser o cuidador.  Para a proteger, aprendi esquemas sem fim, tentava simplesmente mantê-la feliz ou sóbria. E passei muito tempo com a minha mãe. Na altura não gostava muito, era algo que me tornava estranho e diferente dos outros rapazes. Agora em adulto agradeço ter tido essa intimidade. Quando a minha mãe estava sob o efeito do álcool, eu tornava-me mais um confidente, não tínhamos tanto uma relação de mãe e filho. Uma das coisas que ela fazia, era contar-me as histórias da vida dela, de como as suas relações amorosas foram falhadas… Coisas que tinham acontecido bem antes de eu ter nascido. Falava-me de amigos que a tinham traído e de uma quantidade de coisas que queria pôr cá fora,  Só que ela contava isso a um miúdo de 7 anos. Ela pedia-me sempre para eu escrever o que me contava. Eu colaborava com ela, porque na verdade só queria que ela se focasse em mim,  não queria que fosse para a rua criar caos ou magoar-se. Ela começava sempre a ditar-me as histórias da mesma maneira: "Para a Elizabeth Taylor que não sabia nada sobre o amor".

A mãe de Douglas Stuart ditava-lhe histórias e começava sempre da mesma  maneira: “Para a Elizabeth Taylor que não sabia nada sobre o amor”.
A mãe de Douglas Stuart ditava-lhe histórias e começava sempre da mesma maneira: “Para a Elizabeth Taylor que não sabia nada sobre o amor”. Foto: Getty Images

Nos ecrãs, Elizabeth Taylor, sempre desempenhou papéis de mulheres poderosas e com glamour, mas difíceis. Se pensares no filme Reflexos Num Olho Dourado (1967) ela chicoteava o marido. Na vida pessoal, teve sempre histórias de amor muito tumultuosas, afundou-se na adição. Sinto que a minha mãe tinha muitas afinidades com ela. A Elizabeth Taylor era celebrada por todas as coisas que mencionei, e a minha mãe por ser pobre, era difamada. Ela sentia alguma revolta por isso. É uma conversa que continua a fazer sentido agora — o que é aceitável fazeres quando és rico? O que podes fazer quando és pobre?

Dizes em muitas entrevistas que este livro não é político. Tentas que as conversas não se foquem só naquilo que era a classe operária no Reino Unido, nos anos 80.

Mas se olharmos para o teu livro numa perspetiva de políticas de género ou direitos LGBTQ+ e queer, é impossível dizer que Shuggie Bain não é uma história política. Acabamos o livro com a perfeita noção de como é crescer numa sociedade machista, onde o futebol, por exemplo, está no centro de todas as questões.  A masculinidade é tão tóxica que o Shuggie é obrigado a aprender a andar de forma masculina para não ser espancado na escola. O que aprendeste através do bullying que conheceste ao longo da tua vida? 

Enquanto ser humano, demorei muitos anos a gostar de mim. Uma das coisas mais tóxicas da homofobia, é que te faz acreditar, enquanto és jovem, que tudo o que tu és está errado e que deves tentar corrigir-te. Portanto durante a minha infância tentava encontrar essas partes em mim, negava-as e mudava-as. O Shuggie como personagem nem tem desejo sexual, ele é só um miúdo. Não tem consciência do que faz, mas os outros reconhecem-no como alguém diferente. Eu queria que isso fosse o tema central no livro, queria que fosse muito direto, não queria que estivesse camuflado em ideais religiosos, como o céu e o inferno, ou cristianismo. Só queria que fosse sobre a masculinidade. O que havia de errado em ser assim? E no livro queria mostrar a solidão que existe num contexto homofóbico. Ele nunca chega a casa e diz aos irmãos o que as pessoas lhe fazem. Tem medo que todos o rejeitem.

Ele acha que se não contar à família que é vítima de bullying, eles não vão ver quem ele realmente é?

Sim porque a rejeição das pessoas à tua volta é tão absoluta, que também a tua família pode virar-se para ti e dizer — "sim tu és assim". E rejeitarem-te também.

Eu sempre tive medo de contar à minha família o que os outros miúdos me faziam. Foi uma existência muito solitária. A minha vida de adulto foi muito sobre tentar ultrapassar isto e ser feliz como sou. Aceitar-me. A autoaceitação é algo muito importante para as pessoas LGBTQ +.

Na vida pessoal, Elizabeth Taylor teve sempre histórias de amor muito tumultuosas, afundou-se na adição.
Na vida pessoal, Elizabeth Taylor teve sempre histórias de amor muito tumultuosas, afundou-se na adição. Foto: Getty Images

Quando tens leitores LGBTQ+ a reagir emocionados ao livro, ou a dizer-te que viveram as mesmas coisas, o que sentes? Agora estás a perceber que as pessoas se identificam com a tua história, as pessoas passaram pelo mesmo.

Acho que estás a fazer a pergunta certa. Muitas vezes, quando tenho um jornalista heterossexual a falar comigo, ele só diz — "Meu Deus era difícil ser-se queer na Escócia, nos anos 80". E a minha resposta é sempre, acho que também não devia ser fácil em Portugal, ou em Nápoles ou em França. Era muito difícil ser-se queer nos anos 80. Talvez em Paris ou Londres fosse mais fácil. Eu sempre tive consciência que existiam vivências queer universais. As pessoas heterossexuais reagem surpreendidas ao que o livro conta, e esquecem-se que o mesmo acontecia nas cidades onde viviam, e se calhar até no contexto da própria família. Acho importante podermos conectar-nos através de histórias muito específicas, a um nível global. É bom para a comunidade LGBTQ+ poder perceber que existe um network onde as experiências podem ser partilhadas, isso é importante para uma reconstrução, certo? 

Quando és um jovem gay, em geral, sentes-te extremamente sozinho. A sociedade quer que penses que és a única pessoa assim. O melhor que podemos fazer, enquanto adultos gay, é conectarmos uns com os outros, e ajudar miúdos que estão a crescer com este estigma. Portanto, sinto-me muito encorajado quando as pessoas se identificam com a história do Shuggie. As editoras que recusaram o livro antes de ser publicado diziam não ser uma história universal. Achavam demasiado específico, eu sempre soube que não era assim. 

Recentemente descreveste ao The Times o momento em que começaste a sair à noite, já no final da tua adolescência. Dizias que a tua irmã ficava muito admirada ao ver-te sair produzido. Quase como se fosse uma personagem diferente, como se houvesse duas pessoas em ti. E estou aqui a tentar fazer um paralelo entre o Douglas Stuart e o Shuggie Bain, que no final do livro começa a aceitar-se. Como foi o processo de aceitação da tua sexualidade?

Isso foi por volta dos 17 ou 18. Foi só depois da minha mãe morrer, quando eu tinha 16 anos. Eu não conhecia o meu pai e nessa altura fiquei órfão e vivia num quarto alugado, um pouco como o Shuggie no começo do livro. De certa forma, tive liberdade, porque não tinha qualquer tipo de expectativa da parte dos meus pais. Mas só me aceitei quando fui estudar Moda para uma escola de têxteis perto da fronteira da Escócia.

Dizes muitas vezes que Shuggie Bain não é um livro de memórias… 

Não, não é. 

É como uma projeção de coisas que viveste…

Sim.

Quando dizes que não são memórias, quem tentas proteger? A tua família? 

Estou só a tentar não mentir. Como homem queer que eu sou, sei que mentir é algo muito cansativo. Quando comecei a fazer a promoção do livro, os jornalistas perguntavam-me coisas sobre a história e eu dizia que era totalmente ficção. Senti-me esgotado, porque era uma mentira. (Pausa) Eu era tão pobre como ele, eu perdi a minha mãe, eu era queer e solitário como ele, e cresci no mesmo contexto. Depois, tento manter a narrativa dentro de linhas temáticas. São estes os paralelos que podemos fazer entre mim e o Shuggie. Mas não podemos olhar para o livro como se fosse uma narrativa da minha infância, seria enganador.

'Glasgow', de Raymond Dépardon, publicado pela editora Seuil. Imagens que inspiraram o escritor e refletem a realidade do livro.
'Glasgow', de Raymond Dépardon, publicado pela editora Seuil. Imagens que inspiraram o escritor e refletem a realidade do livro. Foto: D.R

Como foste viver para os EUA? 

Já me tinha mudado para Londres, onde acabei a minha licenciatura em Moda no Royal College of Art. As grandes marcas iam ter connosco, fosse a Gucci, a Burberry ou a Calvin Klein — estes últimos vieram ter comigo. A minha coleção de fim de curso era inspirada nos Shakers, a comunidade religiosa. Portanto era quase monástico e o Calvin Klein na altura estava no ponto alto do minimalismo.

Perguntaram-me se queria ir trabalhar para Nova Iorque. Eu não tinha propriamente amarras no Reino Unido. Então fiz duas malas e fui. Foi duro, senti-me com um peixe fora de água durante três anos, tinha saudades de casa. Não é por escrever coisas menos positivas sobre Glasgow que a cidade deixa de ser um lugar de solidariedade e comunhão. Em Nova Iorque eles não querem saber dos teus sentimentos, ou fazes o trabalho bem ou vais para casa. Eu sempre amei Glasgow, a cidade é que não me amava. Escrever o Shuggie Bain foi uma tentativa de voltar a casa. E o motor da minha escrita veio muito das saudades que senti.

Durante todo esse período lias muito?

Comecei a ler aos 17 anos, depois da minha mãe morrer. Os meus anos no liceu foram muito conturbados. Havia o bullying e a minha mãe estava doente com frequência. Há muitas coisas, como adulto, que ainda não sei hoje, se me falares de ciências por exemplo eu não vou perceber nada. (Risos) Mas aos 17 anos, encontrei alguma paz no ambiente familiar. É preciso estar rodeado de calma para conseguir ler um livro. Os professores de inglês começaram a dar-me literatura, li coisas muito simples como Thomas Hardy. O Tennessee Williams também foi importante. Adoro o Jardim Zoológico de Cristal.  Penso em todas as mulheres dele à beira da fragilidade, e os miúdos que estão presos nos quartos com elas.

Li que escrevias de manhã, antes de ires trabalhar para as marcas de Moda. Foi assim que o Shuggie foi escrito ao longo de 10 anos?

Sim, e em Nova Iorque os dias eram longos. Não era o estilo de vida português (risos). Os dias começavam às 8 da manhã e acabávamos às nove da noite, e na moda nunca há conclusões, mal acabas de criar algo tens de inventar novamente outra coisa. Por isso arranjei tempo para escrever quando podia, às vezes era de manhã, ou quando ia no comboio. Adorava ir à China ver os fabricantes de roupa, porque aí ficava 16 horas no avião, onde podia pensar…Escrevi muito no avião.

Tu nunca foste uma vítima da Moda, daquelas pessoas que querem estar sempre ligadas e conectadas?

Eu sempre fui uma vítima disso. No final da minha carreira na Moda havia uma hiperconectividade e ficava esgotado. Isso tira-te a ideia de contar histórias também. Quando cheguei à moda, os meus ídolos eram Alexander McQueen, John Galliano, Hussein Chalayan, Dries Van Noten. Eles faziam coisas com narrativas, quase teatro, havia uma história. Eram roupas que te queriam dizer algo. Agora a atenção está focada para as marcas e para as celebridades. É como se a Moda tivesse perdido a arte de contar histórias.

Douglas Stuart, autor do livro ‘Shuggie Bain’.
Douglas Stuart, autor do livro ‘Shuggie Bain’. Foto: D.R

Há rumores na internet que apontam o realizador das As Horas e de Billy Elliot, Stephen Daldry, como responsável de uma série de televisão à volta de Shuggie Bain…

Sim está confirmado, penso. Estamos em pré-desenvolvimento e eu vou escrever a série. Assinei como argumentista porque queria mostrar facetas diferentes nas personagens e contar a história de outra maneira. Só agora estou a perceber que vou ter de passar mais anos na companhia do Shuggie e da Agnes, há 12 anos que me acompanham.

Trabalhavas num estúdio de Moda, com uma equipa, rodeado de pessoas…Agora que te tornaste escritor a tempo inteiro, como é voltar à solidão?

(Risos) 

Eu nunca estou sozinho, estou rodeado das minhas personagens. Estou mesmo feliz por estar a escrever a tempo inteiro. Eu estou onde queria estar.

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