Há um penteado para cada uma de nós? Esta técnica comprova que sim

Dos ovais aos triangulares, há um corte para cada cara. Mas só um especialista em visagismo, como o é Rui Valente, pode desvendar qual é o o match perfeito. Descubra tudo aqui.

Foto: Getty Images
13 de outubro de 2021 às 07:00 Rita Silva Avelar

Todos sabemos que há dias em que sair do cabeleireiro é uma vitória, e que noutros é uma derrota capaz de levar às lágrimas as mais sensíveis. Afinal, porque é que cortar o cabelo provoca emoções tão fortes? Talvez a resposta esteja na dificuldade em escolher o estilo certo, favorecendo as expressões faciais (e microexpressões) de cada uma de nós. E, para tal, recorre-se a uma arte, a do visagismo. 

Tal como a palavra indica termo visagismo vem da palavra 'visage'  que em francês  significa 'rosto'. "O seu objetivo é realçar e harmonizar as características e a beleza de cada pessoa. Um cabeleireiro pode fazê-lo através das colorações e dos cortes, um maquilhador com a maquilhagem, um cirurgião através da medicina estética e muito mais", explica Rui Valente, hairstylist especialista nesta técnica. "O visagista tem de ter sensibilidade, ser observador e em pouco tempo desvendar qual a personalidade da pessoa que tem à sua frente, de maneira a proporcionar o melhor resultado, tornando-a  mais confiante e segura de si."

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Como em todas as técnicas, há regras a seguir. "Na base do visagismo está a harmonização facial através da valorização das partes positivas de cada pessoa ao mesmo tempo que se escondem as partes menos estéticas", esclarece Rui. "Por exemplo, as cores mais claras aumentam o volume do rosto e as mais escuras reduzem-no." 

O primeiro passo é, portanto, identificar o formato do rosto de entre algumas possibilidades base. "Quem tem rostos mais longos, ou seja retângulares, não deve optar por estilos curtos. Os cabelos deverão ser compridos ou pelo menos terem um comprimento abaixo da linha do queixo", diz o visagista. "Podemos ter rostos pequenos como o redondo e o quadrado, aqui funcionam bem os cortes médio curtos como o bob e o uso de franja também poderá ser uma opção."

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Há ainda rostos triangulares e triangulares invertidos. "No caso dos primeiros, sugiro deixar o comprimento do cabelo passar o queixo ou ficar sobre o queixo e acrescentar volume na zona superior do rosto de maneira a harmonizar o formato do mesmo. No caso dos triangulares invertidos podemos deixar volumes na zona do queixo para aumentar essa área, podendo também usar franjas para suavizar a zona da testa."

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Entre os formatos mais comuns estão o rosto oval, o rosto diamante ou o rosto coração. "São os mais perfeitos a nível de dimensões e ficam bem com cortes pixie, bobs ou long bobs, como também aguentam bem cabelos longos" explica. "Na minha perspetiva todos os cortes são projetados para tornar o rosto o mais perfeito possível, mas, por vezes, o facto de fugirmos às regras do visagismo também pode funcionar, depende de cada pessoa e da sua personalidade."

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Em caso de dúvida, qual o corte de cabelo mais consensual de todos? "O long bob porque é um corte que ninguém tem medo de fazer por não ser demasiado curto e visualmente parecer comprido. É elegante e funciona bem com várias personalidades."

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