Cinco marcas alemãs que descobrimos na Berlin Fashion Week

Durante a semana da moda de Berlim, a Máxima esteve na cidade para a apresentação de marcas emergentes, visitas a pop up stores e ateliers. Revelamos cinco marcas de cunho alemão para ficar de olho.

Foto: @ workingtitlestudios
13 de setembro de 2021 às 08:51 Rita Silva Avelar

Uma cidade virada para a arte, Berlim é imprevisível e esteticamente eclética, com muitos segredos underground, dos clubes aos ateliers de moda, passando pelos restaurantes e pelos bairros. Tudo isto faz da cidade uma mistura de influências que se une pelas influências da sustentabilidade e do minimalismo, tal como o consumo consciente. Entre as marcas emergentes em Berlim com este ADN, apresentadas durante a semana da moda berlinense, está a Working Title, uma marca alemã que nasceu em 2018 às mãos da designer Antonia Goy e do arquiteto Bjoern Kubeja.

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Inspirados pela arte e pela arquitetura, Antonia e Bjoern concentram-se em silhuetas minimalistas, em tons maioritariamente neutros como o branco, o preto e o bege, pensando em peças únicas, para perdurar no tempo, numa ótica sustentável e clean.

Foto: @ workingtitlestudios

A abordagem da dupla à sustentabilidade baseia-se na produção completa de uma peça de vestuário, considerando todo o ciclo de vida de um produto desde o início da sua confeção à usabilidade. Para tal, a marca preocupa-se em minimizar o impacto no ambiente, produzindo apenas o necessário, em quantidades pequenas e limitadas. Ao utilizar apenas os melhores materiais naturais, como a lã, o algodão orgânico certificado e a seda, todas as peças de vestuário são compostáveis. As peças são 100% livres de plástico e cada uma é cuidadosamente confeccionada à mão em pequenas oficinas seleccionadas na Alemanha, Polónia e Itália, bem como no estúdio da marca em Berlim.

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A abordagem da dupla à sustentabilidade baseia-se na produção completa de uma peça de vestuário, considerando todo o ciclo de vida de um produto desde o início da sua confeção à usabilidade. Para tal, a marca preocupa-se em minimizar o impacto no ambiente, produzindo apenas o necessário, em quantidades pequenas e limitadas. Ao utilizar apenas os melhores materiais naturais, como a lã, o algodão orgânico certificado e a seda, todas as peças de vestuário são compostáveis. As peças são 100% livres de plástico e cada uma é cuidadosamente confeccionada à mão em pequenas oficinas seleccionadas na Alemanha, Polónia e Itália, bem como no estúdio da marca em Berlim.

Foto: @ workingtitlestudios

Outra das marcas inovadoras, pensadas para mães - da gravidez ao pós-parto, é a Nove, que empresta o nome ao tempo de gravidez standard (nove meses). Em homenagem às suas raízes italianas, a fundadora, Janina Waschkowski, lançou a marca em 2019. É no atelier, imersa nas suas malhas sedosas e calças confortáveis, que a encontramos, a falar com entusiamo sobre como a Nove mudou a sua vida como mãe, na segunda gravidez, e o tem feito com muitas mais mulheres.

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"O nosso corpo muda até 30 vezes durante a vida, por isso precisamos de um guarda-roupa que se adapte ao nosso corpo - e não o contrário" explica a fundadora. "Fundei a Nove para dar às mulheres o guarda-roupa para se sentirem como querem estar todos os dias - intemporais e belas. Quero dar às mulheres o poder de abraçar os seus corpos em todas as fases das suas vidas". Deste conceito nascem calças de cintura baixa, pensadas para usar antes, depois e durante a gravidez, malhas que facilitam a amamentação sem retirar o fator sensualidade às mulheres, entre outras peças intemporais. 

Foto: @novethelabel

A trabalhar com tecidos que já serviram outros propósitos, como lençóis ou até cortinas, a MOOT (Made out of Trash) é um projeto de upcycling com um propósito social. A partir de materiais que à partida seriam considerados lixo, Nils e Michael, designer e empresário, respetivamente, fazem nascer peças únicas e irrepetíveis. Como um casaco feito de uma colcha, ou umas calças que eram uma cortina antiga e ainda levaram um atilho à cintura proveniente de material de salto aéreo.

A marca nasce de uma conversa entre os dois amigos, sobre como poderiam fazer roupas novas a partir de doações de têxteis descartados e assim reduzir o desperdício na indústria, e ganhou forma em 2019.

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A Aeyde, marca de calçado premium fundada em 2015 por Luisa Dames e Constantin Langholz-Baikousis, dois empresários criativos com vontade de construir uma marca que é "mais do que um produto de alta qualidade, mas uma marca de estilo de vida que define a sua singularidade através da excitação contínua entre a realidade comercial e a criatividade."

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Foto: Aeydē

Com sede no coração de Berlim, todos os produtos são fabricados por fábricas familiares em Itália, com materiais de alta qualidade que fazem desta uma marca de luxo que é uma referência no mercado alemão. De botas minimalistas com saltos quadrados, a botins estilo militar em pele, as cores são quase sempre monocromáticas, com destaque para o preto, os castanhos e os beges. Há um pequeno toque do padrão cobra  na nova coleção, e o regresso do branco ao calçado de inverno.

Foto: Aeydē

Foto: Aeydē

Por fim, fundada por Rianna Kounou e Nina Knaudt, RIANNA + NINA é uma marca de luxo que representa padrões coloridos, excêntricos, improváveis. Representa o o amor pelos tecidos vintage, pelo artesanato, pelos detalhes e pelas cores. O que começou como uma pequena boutique em Berlim em 2014 cresceu desde então para uma marca que se inspira constantemente nas flores, nos bordados, em padrões exóticos como os das capulanas africanas.

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Um mix deboas energias que se materializa numa extensa coleção, que inclui uma secção mais sustentável composta por peças únicas que vão criando com os materiais e objetos que encontram um pouco por todo o mundo, ao longo de muitos anos. Desde quimonos japoneses dos anos 20, uma toalha de mesa dos anos 60 americana, tudo serve para fazer nascer uma nova peça especial. Tudo o que é feito nesta coleção, à qual a dupla apelida de "one of a kind", é feita à mão no atelier de Berlim.

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