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Moda

Tons pop, padrões da selva e tecidos metalizados no penúltimo dia de ModaLisboa

Os criadores Ricardo Preto, Constança Entrudo, Carlos Gil e Luís Carvalho anteciparam o verão do próximo ano com apresentações carregadas de elegância e irreverência.

10 de outubro de 2021 às 00:00 Máxima

O desfile de Ricardo Preto estava marcado para as 17h do último sábado, 9, e o Capitólio, palco principal da 57ª edição da ModaLisboa, enchia-se de antecipação.

Na passerelle, desfilava o prelúdio perfeito para o regresso ao trabalho e todas as suas vicissitudes. Conseguimos logo imaginar-nos a ostentar alguns daqueles coordenados, escritório dentro. Seja através dos vestidos compridos da coleção, da clássica gabardine ou dos conjuntos apurados compostos por bonitas blusas e calças de cintura subida.

Foto: ModaLisboa
Foto: ModaLisboa

O designer apostou numa coleção formal desconstruída, concretizada através de tecidos como a popelina, a seda e o cetim, mas também o denim. As golas, ora justas e altas, ora volumosas e trabalhadas, destacaram-se nos coordenados.

Os tons dividiram-se entre os discretos neutros e pasteis e os quentes vermelho, fúcsia ou amarelo. Também houve espaço para padrões, mas pouco, já que a estrela maior foram mesmo os tecidos lisos, numa proposta desenhada essencialmente a linhas retas.

Foto: ModaLisboa
Foto: ModaLisboa
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Já Constança Entrudo, a jovem designer de 27 anos, optou por uma performance numa inusitada instalação criada para o momento, ao invés do tradicional desfile.

Neste formato multimédia deu-se palco aos têxteis, ao som, à performance, à escultura e à poesia visual. Para o efeito, a criadora aliou-se à artista anglo-brasileira Isabella "Isa" Toledo.

Foto: ModaLisboa
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Assim, à volta da atuação das manequins, juntaram-se em peso os fotógrafos, jornalistas e convidados da criadora, num frenesim que durou pouco mais de 15 minutos. Flashes e vídeos por todo o lado eternizaram o momento.

Foto: ModaLisboa

No total foram apresentados oito coordenados, numa coleção mais pequena que o habitual, mas que espelhou o ADN da marca e toda a sua essência. Visuais justos, em tons ácidos, com direito a muita pele à mostra. As transparências foram outro dos requisitos, em tecidos muitas vezes desconstruídos e com cut-outs evidentes. Os padrões abstratos, os brilhos e as missangas completaram os looks. Estes últimos, fruto da obsessão da criadora com o tik tok e as outras pérolas da Geração Z.

Foto: ModaLisboa
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Life, Union, Empathy, Society foram as palavras levadas literalmente ao ombro ou estampadas em carteiras pelas modelos no desfile de CarlosGil

Foto: ModaLisboa
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A coleção Life seguiu dois sentidos, por um lado com looks a evocar a estação quente e o tempo de férias na sua essência, com recurso a túnicas veranis, fatos de banho decotados, turbantes exuberantes e óculos XL e, numa outra nota, com coordenados perfeitamente adaptados à rentrée e ao regresso ao trabalho, com jumpsuits e conjuntos monocromáticos de blusas e calças fluídas.

Foto:
Foto: ModaLisboa

Propostas para a noite, com recurso ao brilho proporcionado pelas lantejoulas, também as houve. De destacar em toda a coleção o padrão inspirado na natureza e seus corais, bem como uma palete de cores pop como o verde alface ou o amarelo, sempre coordenados em conjunto com os clássicos branco e preto. No geral, os materiais quiseram-se leves e fluídos como a própria coleção.

Foto: ModaLisboa

Finalmente, a noite fechou em ouro com a apresentação de Luís Carvalho. Minutos antes do desfile, a azáfama na sala era muita, entre a imprensa e celebridades que quiseram mostrar o seu apoio ao designer. Como a atriz Cláudia Vieira, o casal Paulo Pires e Astrid Werdnig, os manequins Luís Borges e Luísa Beirão, a apresentadora Sílvia Alberto e o criador Gonçalo Peixoto.

Foto: ModaLisboa
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A coleção de Luís Carvalho, Ride, mostrou uma bonita dialética entre a vida na cidade e a vida no campo, exaltando a vontade que todos temos em sair novamente. No fundo, a promessa de um regresso à normalidade, depois da pandemia.

As peças, tanto masculinas como femininas, destacaram-se pelo seu lado esvoaçante, conseguido através de tecidos fluídos, em materiais como crepes de seda, algodões, linhos ou mesmo jacquards e metalizados. Já nos padrões sobressaiu o vichy, mas também surgiram peças listradas. As silhuetas inspiraram-se nos anos 50, e concretizaram-se tanto em vestidos, como fatos, blusas ou bermudas. Pormenores como mangas em balão ou laços nos blazers fizeram toda a diferença.

Foto: ModaLisboa
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Sem dúvida, que este está a ser um ano memorável para o designer, que viu, na passada semana, o seu trabalho reconhecido na XXV Gala dos Globos de Ouro, onde venceu o prémio de Personalidade do Ano na categoria de Moda

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