Romance, sportwear e arte. As propostas do penúltimo dia de Portugal Fashion
No último sábado, 15, a cidade do Porto recebeu as novas coleções dos criadores Diogo Miranda, Miguel Vieira, Sophia Kah, Susana Bettencourt e David Catalán.

Depois da sofa edition do ano passado, o Portugal Fashion regressou ao formato físico para mostrar o melhor da Moda portuguesa. Assim, o dia começou com o desfile de Diogo Miranda, na Casa do Roseiral, junto aos jardins do Palácio de Cristal, no Porto. Com uma vista privilegiada para o rio Douro, o cenário escolhido condizia na perfeição com o que estávamos prestes a ver na passerelle.


Como é sua assinatura, Diogo Miranda apresentou peças requintadas e românticas, a lembrar a beleza de um passado longínquo, com relances modernos aqui e ali, e com uma paleta poderosa em amarelo, pistácio, castanho, beringela, bordeaux, azul klein, laranja, marfim e preto.



As silhuetas longas e esculturais foram adornadas por camadas de tecido fluído, drapeados, capas e decotes em V.



Também nos jardins do Palácio, Miguel Vieira apresentou novas propostas unissexo com As Cores do Dia. Inspirada em atividades do quotidiano, a coleção de verão parte da ideia de uma "agenda preenchida" com diversos cenários.



Para uma corrida junto ao rio, temos outfits descontraídos, de calças e t-shirt. Já num ambiente mais profissional, o criador optou por fatos com padrões marcantes e cores como verde mar, beringela e orquídea. A passerelle recebeu ainda alguns vestidos em preto com folhos e decotes em V.




Nos acessório, destacam-se os lenços, presentes na maior parte dos looks, decorados com motivos botânicos em azul lunar e tons framboesa.

Num registo completamente diferente surge Azáfama, de Susana Bettencourt, sobre a intrusão do frágil universo da criação num mundo que está sempre a correr.


A coleçãonasceu de um lugar de reflexão, da necessidade de parar e pensar e teve como inspiração a pluralidade das realidades dos tempos modernos, e a consequente repercussão que estas têm no ser humano.


Para o efeito, Susana Bettencourt utilizou jacquards recheados de grafismos com manchas orgânicas e texturas contrastantes, envolvidas em rendas artesanais coloridas que retratavam a forma como a poluição afeta o cérebro.


Umas horas mais tarde, Sophia Kah presenteava o cais da Alfândega do Porto com uma coleção glamorosa virada para o futuro, um mundo pós-pandemia onde reina a liberdade.


Predominaram os vestidos compridos com mangas balão, os vestidos de cocktail e os smokings, adornados com plumas, renda e estampados florais. Na paleta de cores vimos azul, rosa, vermelho, purpura e, claro está, o clássico preto.



Em oposição ao glamour de Sophia Kah, David Catalán, criador espanhol baseado no Porto, apresentou peças confortáveis, modernas e urbanas


A coleção Madre, um tributo à sua mãe, revela peças em denim, camisas com gravatas de pequena dimensão, calções, gabardines e ainda sweatshirts, em homenagem às classes trabalhadoras rurais.


Em coordenados maioritariamente lisos, predominavam cores como o amarelo mostarda, o castanho, os cremes e o verde seco, com alguns apontamentos em vermelho.

