Tina Turner, para sempre rainha do rock'n roll
A artista estava na Suíça, país no qual viveu nos últimos anos, onde nos deixou vítima de doença prolongada, aos 83 anos.

O mundo da música está novamente de luto. Desaparece uma das vozes mais icónicas de todos os tempos, a de Tina Turner, também conhecida como a rainha do rock & roll. Uma verdadeira lenda. A cantora tinha 83 anos e morreu de doença prolongada, em sua casa em Küsnacht, cidade próxima da capital da Suiça.
Foi através de um comunicado que os representantes da artista confirmaram a triste notícia: "com ela, o mundo perde uma lenda da música e um exemplo". A notícia também revelou ao mundo como será o último adeus à estrela: "Haverá uma cerimónia fúnebre privada com a presença de familiares e amigos próximos. Por favor, respeitem a privacidade da família neste momento difícil."


Tina Turner iniciou a sua carreira profissional no coro da igreja e posteriormente passou a fazer parte da banda de Ike Turner, com quem se casou. Depois dessa fase, lançou-se a solo e fez história no panorama musical, conseguindo redefinir a sua carreira à sua maneira, tendo alcançado números difíceis de bater. Ela vendeu mais de duzentos milhões de discos, ganhou oito Grammys, detém um recorde do Guinness (tendo reunido 186 mil pessoas no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para o seu histórico concerto de 1988) e a sua fortuna está estimada em mais de duzentos milhões de euros.


Apesar do seu nome artístico ser Tina Turner, Anna Mae Bullock era o seu nome verdadeiro. Nasceu no Tennessee e não teve uma infância fácil. A sua vida, repleta de luzes e sombras, tornou-se um musical e a parte mais desconhecida da sua vida pessoal também foi mostrada no documentário Tina, como os abusos que sofreu por parte do primeiro marido.
Ela estava casada há uma década com Erwin Bach, com quem partilhava a vida desde 1985. Ao início, o facto de Tina ser 17 anos mais velha do que o marido despertou inúmeros comentários e houve quem sugerisse que o produtor alemão estava a casar apenas por causa da fama e do dinheiro da cantora. A passagem do tempo mostrou que o amor era o único motor que os movia. Além disso, Bach doou um rim a Tina em 2017, doze meses após ser diagnosticada com cancro intestinal. Ela recebeu tratamento e os efeitos colaterais levaram-na a tentar remédios alternativos que causaram insuficiência renal, sendo obrigada a submeter-se a um transplante.


Em dezembro passado, a tragédia voltou a bater à porta de Tina Turner, com a perda de um filho. Roonie, que nasceu durante o seu casamento com Ike Turner, faleceu aos 62 anos. Foi a sua nora, a cantora francesa Afida Turner, quem confirmou que o marido havia sido diagnosticado com cancro apenas três semanas antes. Em outubro de 2018, foi o filho Craig, fruto do relacionamento com Raymond Hill, que cometeu suicídio.

Os últimos anos de vida de Turner foram passados longe dos palcos, na Suiça. Abandonou a música em maio de 2009 depois de comemorar meio século de sucessos e desde então que vivia uma rotina tranquila. Depois de morar em Londres, Los Angeles e Colónia, finalmente havia assentado com o marido na Suíça, onde era tão feliz que até renunciou à cidadania americana para solicitar a daquele país. A casa deles era o Château Algonquin, um impressionante castelo de 5.500 metros situado nas margens do Lago Zurique, onde também celebraram o seu casamento.





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