Celebridades

O que já sabemos sobre a autobiografia de Britney Spears?

“A Mulher que há em mim” é o primeiro livro confessional da artista pop, que será lançado a 24 de outubro. Da relação com Justin Timberlake à tutela a que estava sujeita por parte do pai, é hora de ler a história na primeira pessoa.

Foto: Getty Images
18 de outubro de 2023 Bruna Fonseca / Com Rita Silva Avelar

Aos 41 anos, Britney Spears decidiu quebrar o silêncio sobre a sua vida, repleta de episódios controversos e, diríamos, parte deles mal contados. Naquela que é a sua primeira autobiografia A mulher que há em mim (Arena), a ser lançada no próximo dia 24, a estrela da pop conta episódios específicos de momentos cruciais da sua vida. O livro, que já está em pré-venda, adianta a verdade de acontecimentos que ficaram guardados por mais de 20 anos.

Em excertos já revelados, Britney recorda como foi passar 13 anos sob a tutela do pai, que ela descreve como "abusiva" - um caso que foi bem acompanhado nos últimos anos, uma vez que se viu livre da mesma; ou o aborto que terá sofrido durante o namoro com o cantor Justin Timberlake (quem se lembra deste casal icónico, dos anos 2000?) e que até então os fãs desconheciam.

Britney Spears e Justin Timberlake
Britney Spears e Justin Timberlake Foto: Getty Images

Num excerto revelado pela People, Britney escreve que o cantor "não queria ser pai" e que "foi uma surpresa, mas não uma tragédia", acrescentando ainda: "Eu amava-o muito, Sempre esperei que pudéssemos criar uma familia juntos. Isto aconteceu mais cedo que o planeado".

Ainda no mesmo excerto, escreve: "Ele não ficou contente com a gravidez. Disse que não estávamos prontos para ter um bebé, que éramos demasiado novos. Não sei se foi a decisão certa (…) Se dependesse de mim nunca o teria feito", continua, "mas ele tinha a certeza de que não queria ser pai".

Na autobiografia narra a sua visão em momentos sensíveis da sua vida pessoal – um deles, por exemplo, é o facto de ter rapado o cabelo em 2007 e o que levou a fazê-lo. 

Britney rapou o cabelo, em 2007.
Britney rapou o cabelo, em 2007. Foto: Getty Images

Na altura deste acontecido, a cantora estava a passar por um processo de divórcio com Kevin Federline, dançarino e cantor americano, com quem se casou em 2004. Na altura, era frequente vermos Britney na capa de todas as revistas cor-de-rosa, o que alimentava rumores que enfrentava problemas de saúde mental com a separação e o facto de ter aparecido com o cabelo rapado não ajudou. "Eu fui muito observada enquanto crescia. Era olhada de cima a baixo, tinha pessoas a dizerem-me o que pensavam do meu corpo, desde a minha adolescência", lê-se na revista People, acrescentando: "Rapar o cabelo e ser espalhafatosa eram as minhas formas de dar luta", continua.

Britney Spears e o pai, Jamie Spears.
Britney Spears e o pai, Jamie Spears. Foto: Reuters

No ano seguinte, Britney Spears ficou sob tutela do pai e deixou de poder fazer o que queria. "Sob a tutela, fizeram-me perceber que esses dias tinham acabado. Tive de deixar o cabelo crescer e voltar a ficar em forma. Tinha de ir para a cama cedo e tomar a medicação que me diziam para tomar", adianta ainda. "Foram 13 anos em que me senti como a minha própria sombra", continua.

a partir de 2021 é que a cantora ganhou controlo total da sua vida pessoal. Isto porque em 2008 Jamie Spears tornou-se tutor legal da filha, por decisão do tribunal, que considerava que a cantora era incapaz de cuidar de si própria, depois de passar vários anos a lutar contra doenças mentais.

Britney Spears usou a sua biografia para dar detalhes sobre a sua relação com a mãe, Lynne Spears, com quem diz consumindo bebidas alcoólicas com ainda em pré-adolescente. Apesar do consumo precoce e contra a lei, a sua experiência ao lado da mãe, segundo a artista, era totalmente diferente da que tinha com o seu pai, que lutou contra o alcoolismo. "Eu gostava de beber com a minha mãe de vez em quando. A maneira como nós bebíamos não era nada parecida com a do meu pai. Quando ele bebia, ficava depressivo. Nós ficavamos mais felizes, vivas e aventureiras", conta a artista no livro.

Britney Spears e Lynne Spears, em 1999.
Britney Spears e Lynne Spears, em 1999. Foto: Getty Images

O contacto precoce com bebidas alcóolicas não mudou a forma como Britney via o início da sua adolescência. "Havia algo maravilhosamente normal sobre esse período da minha vida: ir a jogos na escola e ao baile de finalistas, dirigir pela pequena cidade, ir ao cinema," continua. "Mas a verdade é que eu sentia falta de me apresentar", escreveu a cantora, quando lançou o seu single, Baby One More Time, anos 16 anos.

Ao entrar no mundo da música, Britney conta na sua autobiografia o quão cruel era o universo da música. Revela ainda, o quanto invejava artistas que sabiam lidar com a fama: "Invejo as pessoas que sabem como fazer a fama funcionar. O meu comportamento era inocente. Não estava a tentar chamar a atenção. Não sabia o que estava a fazer. Sentia-me como se estivesse a cair à beira de um penhasco". Britney analisa também a forma como recebe as críticas abusivas, vindo do público e dos media. "O livro ilumina o poder duradouro da música e do amor – e a importância de uma mulher contar a sua própria história, nos seus próprios termos", escreve por fim.

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