Johnny Depp poderá ter de mostrar as conversas que teve com as atrizes que namorou

A ordem faz parte do acordo que está ainda em tribunal no caso judicial que mantém com Amber Heard, a atriz que alega ter sido agredida física e psicologicamente pelo ator durante o tempo em que estiveram casados.

Foto: Getty Images
10 de dezembro de 2020 às 12:19 Rita Silva Avelar

Os anos dourados do ator Johnny Depp estão longe de voltar a ser o que eram. Depois do desfecho dramático do seu relacionamento com Amber Heard, em 2016, que se prolongou com acusações de violência em tribunal até ao verão deste ano, o ator tem vindo a travar outras batalhas judiciais. 

Johnny decidiu mesmo avançar para tribunal depois de o The Sun o ter apelidado de "agressor de mulheres" num artigo de 2018. Por sua vez, os advogados do tablóide britânico disseram que iriam provar de que forma o ator teria agredido violentamente a atriz em contextos de fúria após a ingestão de álcool e drogas. Amber Heard apresentou 14 relatos de situações em que alegadamente Depp a agrediu, incluindo ocasiões em que diz que a tentou matar. A atriz diz ter sofrido "abusos emocionais, verbais e físicos excessivos" e "agressões hostis, humilhantes e ameaçadoras". Ele, por sua vez, nega tudo e alega que Heard lhe atirou várias vezes com objetos, incluíndo uma vez em que uma garrafa lhe fez um corte num dedo. 

Para complicar ainda mais este processo, o advogado do Depp, Adam Waldman, foi afastado do caso por fuga de informação confidencial para a imprensa. Segundo a BBC, a última sessão de tribunal que aconteceu em julho, em Londres, foi peculiar. À porta do Palácio Real da Justiça aglomeravam-se mais de 200 pessoas, fãs do ator, que ali se mantiveram durante o julgamento, algumas delas com fatos alusivos a personagens que o ator desempenhou no cinema. Apesar de ter perdido esta batalha e ter sido condenado a pagar cerca de 628 mil libras (705 mil euros) ao The Sun para cobrir as suas despesas jurídicas, em novembro passado, o ator recorreu da decisão e vai haver novo julgamento, apontado para o início de 2021. 

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Para complicar ainda mais este processo, o advogado do Depp, Adam Waldman, foi afastado do caso por fuga de informação confidencial para a imprensa. Segundo a BBC, a última sessão de tribunal que aconteceu em julho, em Londres, foi peculiar. À porta do Palácio Real da Justiça aglomeravam-se mais de 200 pessoas, fãs do ator, que ali se mantiveram durante o julgamento, algumas delas com fatos alusivos a personagens que o ator desempenhou no cinema. Apesar de ter perdido esta batalha e ter sido condenado a pagar cerca de 628 mil libras (705 mil euros) ao The Sun para cobrir as suas despesas jurídicas, em novembro passado, o ator recorreu da decisão e vai haver novo julgamento, apontado para o início de 2021. 

Mas há ainda o caso de difamação que está com o tribunal de Virginia, e que se originou em 2016 quando Amber Heard pediu ao tribunal de Los Angeles uma ordem para que Depp se mantivesse afastado de si. Foi este o rastilho para as lutas em tribunal que ainda perduram, após quatro anos. Segundo avança a revista Vanity Fair, além do acordo de 50 milhões de dólares deste caso, Johnny Depp terá alegadamente de entregar as interações que mantém com as suas ex-namoradas - que foram muitas, sobretudo no contexto de Hollywood. E todas elas virão a público. Entre as estrelas com quem Depp já namorou estão nomes como Vanessa Paradis - mãe de Lily Rose Depp - Angelina Jolie, Keira Knightley e Marion Cotillard, embora estas relações nunca tenham sido confirmadas.

De acordo com o The Hollywood Reporter, a próxima batalha do ator em tribunal será ainda mais reveladora do que a última, uma vez que pode trazer uma série de outras celebridades para serem ouvidas em tribunal. A atriz Ellen Barkin já deu um depoimento no caso do Reino Unido, alegando que Depp atirou uma garrafa de vinho na sua direcção quando namoravam. No entanto, de acordo com o jornal Daily Mail, Depp diz que Barkin está simplesmente a guardar um "ressentimento" contra ele.

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Johnny Depp e Amber Heard conheceram-se em 2009, durante as filmagens de O Diário a Rum, casaram em 2011 e divorciaram-se em 2016. Durante o período em que estiveram juntos, foram dos casais mais mediáticos, sendo presença assídua, juntos, em cerimónias como a da entrega dos Óscares. 

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