Mapa astral, a revelação que pode mudar a sua vida

Como arte milenar, a astrologia pode ser mais reveladora do que achamos. Descubra porque é que é tão imprescindível fazer um mapa astral.

Foto: Photo by RODNAE Productions from Pexels
08 de outubro de 2021 às 10:18 Andrea Pereira

São precisos milhares de anos para o céu apresentar a mesma configuração de planetas do nosso momento de nascimento. Claro que não pensamos nisso até ao dia em que a ideia de mapa astral surge no nosso caminho. Todos nós nascemos com os planetas numa determinada disposição em relação à faixa de constelações com as quais o ser humano tem criado uma relação simbólica nos últimos milénios. O próprio Sol parece caminhar por essa faixa do zodíaco, composta pelos famosos 12 signos, sendo uma ilusão provocada pela nossa condição "terráquea".

E como encontrar sentido para este mistério da astrologia? Como é que a linguagem simbólica pode ajudar a encontrar sentido para a minha vida? Cada qual encontra a sua resposta. Para alguns, há efetivamente uma energia que vibra dos planetas para a Terra. Para outros, a linguagem simbólica é uma forma de comunicação com o inconsciente individual e coletivo, que funciona através de símbolos ou arquétipos. Para outros ainda, a simbologia astral é uma forma de comunicação com a consciência num todo, uma consciência unificadora a qual todos nós estamos inequivocamente ligados.

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Certezas? Apenas a de que quando fazemos um mapa astral estamos a trabalhar com uma linguagem desenvolvida há muitos milénios, que torna objetiva aquela que é a nossa subjetividade.

Quando nos sentamos à frente da nossa carta astral, estamos a olhar para o mapa do nosso inconsciente, podendo assim aceder às razões das forças que nos animam, às intenções de evolução que temos por decifrar em nós ou até ao nosso lado sombra, que pode ajudar a encontrar as chaves das portas para a nossa luz.

Há 12 casas do Zodíaco, cada uma com uma significação, regida por um planeta e domiciliada a um signo. Da 1ª à 12ª casa viajamos do impulso (Carneiro) à fusão com o todo (Peixes), do nascimento à transcendência, do instintivo ao espiritual. Há diferentes formas de calcular a divisão das casas consoante as diferentes culturas e astrólogos da história humana, mas há princípios comuns a todas as formas de astrologia.

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É esse círculo zodiacal, com 12 espaços que simbolizam as diferentes áreas da vida humana, que vai servir de moldura ao céu do momento do nosso nascimento. Nessas 12 casas vão-se encaixar planetas, estrelas e asteroides. Os símbolos astrológicos são tão imensos quanto a imensidão do céu e cada mapa astral é tão complexo quanto o cosmos interno de cada ser humano. No entanto, há 13 arquétipos que são os mais comuns: Sol, Lua, Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Quíron, Úrano, Neptuno, Plutão, Nódo Norte da Lua e Nódo Sul da Lua (às vezes conhecidos como a cauda e a cabeça do dragão).

A partir do ascendente (determinado pela constelação que está a este, na linha do horizonte, no local, dia e hora do nosso nascimento), vai ser desenhada a roda onde o céu, desse momento de nascimento, se vai encaixar, formando assim uma espécie de impressão digital astral da nossa alma e da viagem que esta tem vindo a fazer no tempo. É esta a perspetiva da Astrologia Evolutiva.

Na astrologia evolutiva, através do Plutão, iremos entender quais as necessidades evolutivas desta vida. A vibração energética da nossa alma vai atrair uma determinada cultura, país, família, relações que vão acordar o nosso estado evolutivo para que, a partir daí, possamos continuar a evoluir. A casa e signo em que o Plutão está, assim como os aspetos que tem com os outros planetas, vão dar informações sobre esses aspetos mais inconscientes da nossa vida.

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De acordo com a astrologia evolutiva, evoluímos através do corpo emocional: do corpo emocional do passado (Nódo Sul) para o corpo emocional do futuro (Nódo Norte). O Plutão e os nódos da lua constituem o tripé fundamental para percebermos quem somos e quais as motivações para a nossa transformação. Lembrando que passado e futuro se encontram no momento presente.

Porque é que é importante saber para onde precisamos de evoluir? É simples: é a única coisa que nos vai dar uma sensação de plenitude e felicidade. Tudo o resto está apenas a mostrar caminho como setas numa longa viagem. No entanto, a evolução faz-se a diferentes velocidades, um pé à frente, dois atrás; mas também caindo por uma montanha, avalanche abaixo. Através de amigos que nos mostram novas ideias e caminhos, mas também através daqueles que nos levam a ter de mudar de pele pela fragmentação que causaram. A evolução é assim, ora suave ora intensa, ora alegre ora dramática e também "assim, assim".

Todos os outros planetas e signos vão-se encaixar com a respetiva significação nesta dança da alma pela evolução. O Sol é o grande integrador do mapa, a Lua o corpo emocional ou ego; o Mercúrio o lado lógico da mente. Já Vénus mostra-nos as necessidades e valores na relação interna e externa enquanto Marte torna visível os nossos desejos. Júpiter, o planeta do Guru, representa o lado intuitivo da mente e a sabedoria resultante. Saturno vai tornar claras as estruturas que temos e criamos. Quando vemos Quíron podemos aprender qual a dor essencial que trazemos e o potencial de cura. Já Úrano vai mostrar como funciona a nossa mente inconsciente. Por fim, Neptuno representa a consciência no sentido mais lato e é aqui que começam grandes processos de ilusão, desilusão e espiritualidade.

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A interpretação do mapa natal é feita num equilíbrio entre intuição e lógica, na junção de todos os significados, dos diferentes símbolos, levando a uma interpretação que terá de ter em conta os diferentes estados evolutivos da alma: consensual, individual ou espiritual. Não havendo certo ou errado, melhor ou pior, mas apenas a jornada que a alma está a fazer na sua evolução.

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