A regra dos 3 segundos esclarecida pela ciência

As opiniões dividem-se. Não quer dizer que fiquemos doentes, mas esta regra parece não passar de um mito, de acordo com especalistas em microbiologia e nutrição.

Foto: Pexels
15 de janeiro de 2024 às 15:59 Rita Silva Avelar

A internet está cheia de teorias: umas mais verosímeis que outras. E se formos aprofundar o tema da alimentação, encontraremos testes e mais testes, sugestões atrás de sugestões. Entre elas, está a famosa regra dos três segundos: na gíria, diz-se que o que cai ao chão durante um máximo de três segundos pode ser ser apanhado e até ingerido.

Bruno Brunetti, especialista em microbiologia e autor de uma página de Instagram dedicada a testes, fez um vídeo onde mostra o que acontece numa situação destas: um pedaço de comida cai ao chão, onde fica apenas durante os tais três segundos e outro não cai. Vistos ao microscópio apresentam claras diferenças - o que entra em contacto com o chão tem muito mais impurezas. "É importante quebrar crenças populares sobre alimentos que não têm base científica e adotar boas práticas na manipulação de alimentos que garantem a segurança do que comemos", escreve o especialista no vídeo.

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Ao Business Insider, o microbiologista Philip Tierno, da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque, recomenda que se opte por não comer. "Se deixar cair alguma coisa de comida ali [no chão], não a coma", alerta Tierno. "Muitas pessoas fazem coisas estúpidas e seguem a regra dos três segundos, que é um disparate". A menos que se higienize religiosamente o chão, "não devemos comer qualquer alimento que lhe toque, porque está repleto de todos os tipos de vírus e bactérias".

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Isto inclui não só os germes desagradáveis que se infiltraram em casa através dos sapatos, mas também os germes persistentes que vêm da casa de banho, dos animais de estimação e até da comida da sua própria cozinha, diz ainda o especialista.

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