Histórias de amor moderno. “Tenho fantasias com o novo melhor amigo do meu marido – e acho que é mútuo”
“Tenho a perfeita consciência de que vou deixa-lo beijar-me com toda a boa vontade, mas não faço ideia do que vou fazer a seguir.” Aos sábados, a Máxima publica um testemunho de como se vive o amor no séc. XXI.

Eu e o meu marido estamos casados há 25 anos. Em muitos aspetos, somos um casal sólido, mas já não temos uma relação de intimidade. Na verdade, a ideia de dormir com ele causa-me repulsa. Quando a pandemia colocou a nossa vida em suspenso, pusemos na prateleira as discussões relativas à nossa relação, dormimos em quartos separados e continuámos a fazer a nossa vida como pais e amigos. Sempre nos encorajámos um ao outro a ter interesses fora da relação. Eu tenho um grupo chegado de amigas.
O meu marido é um ciclista dedicado, mas na maioria das vezes pratica esta actividade sozinho. Costumava incentivá-lo a conectar-se com outras pessoas. É certo que as minhas intenções não eram inteiramente altruístas – queria-o longe de mim – mas queria que ele tivesse a mesma camaradagem que eu ganho com as minhas amizades. Achei que o estava a ajudar. E ajudei, de certa forma: ele tornou-se menos carente. Também se tornou amigo de alguém sobre quem desenvolvi uma paixoneta capaz de fazer mais borboletas na barriga do que qualquer coisa que tenha experienciado desde os 17 anos.
No início, conseguia afastar os meus pensamentos da ideia, pensava que era apenas o resultado da combinação do aborrecimento da pandemia, das incertezas no meu casamento e do facto de estar a conhecer uma cara nova. No entanto, meses mais tarde, não posso negar que há uma atração ali – e que esta é obviamente correspondida.
Na verdade, estou admirada com o facto do meu marido não ter ainda reparado em nada – se bem que o seu alheamento bate certo com a falta de atenção que há anos me presta. Enquanto ele se farta de falar em situações de grupo, o amigo dele cruza olhares comigo e mantém o contacto visual. Quando fala comigo, fala comigo sozinho, envolvendo-me em atenção. A eletricidade é palpável.

Claro que estes momentos de grupo se tornaram frequentes. Depois de incentivar o meu marido a encontrar os seus próprios amigos e ter as suas próprias atividades, eu sou agora uma companheira entusiasmada desses encontros – porque cada um representa uma oportunidade de ver o seu novo amigo.
Tenho de ter cuidado. O meu marido está a adorar a minha nova disponibilidade para passar tempo com ele e sair para socializar. Ele está encantado por me ver a fazer um esforço revigorado em relação à minha aparência e está sempre a dizer-me o quão sexy eu estou.
Embora há algum tempo que dormimos em quartos separados, recentemente ele sentiu o encorajamento suficiente para aparecer no meu quarto a meio da noite. Eu estava a ter um sonho erótico com o amigo dele e assim continuei, o que nos levou a ter uma noite de sexo bastante intensa.
Desde então que o meu marido se refere a esse momento como um passo na direção certa, diz-me com entusiasmo que eu estava "muito empenhada" e insinua que apenas precisamos de mais do mesmo para voltar a estar no bom caminho. Tudo isto me deixa muito desconfortável. Mas, ao mesmo tempo, tenho de ser querida e um pouco encorajadora de forma a evitar uma discussão. Se discutirmos, posso perder o meu lugar na próxima noite de copos ou encontro.

Na minha cabeça, tenho uma imagem incrivelmente clara do que acontecerá quando o objeto da minha luxúria fizer o seu avanço – o que acredito completamente que fará. Eu vou pedir desculpa e dizer que vou à casa de banho. Ele vai esperar contando até 20 e depois vai seguir-me. Quando eu aparecer, ele vai empurrar-me contra a parede, vai beijar-me intensamente e apalpar-me com urgência antes de regressarmos à mesa do grupo. Para além disto, do facto de saber com toda a certeza que o vou deixar beijar-me com toda a boa vontade, não faço a mais pequena ideia do que vou fazer a seguir.
Anonymous / Telegraph Media Group Ltd / Atlântico Press

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