O príncipe André, filho de Isabel II de Inglaterra, chegou a um acordo esta terça-feira, dia 15, relativamente à ação judicial criada por Virginia Giuffre, que o acusa de a ter abusado sexualmente quando esta era adolescente. A quantia de dinheiro que André terá de pagar a Giuffre será mantida confidencial, afirmaram ambas em partes, segundo o jornal The New York Times.
Na terça-feira, o duque de Iorque disse que os crimes de tráfico de Epstein eram conhecidos, que "lamenta a sua associação com Epstein e que louva a bravura de Giuffre e de outras sobreviventes em se defenderem a si próprias e aos outros." André acrescentou ainda em declaração que nunca teve a intenção de "maldizer a personalidade de Giuffre" e que "aceita que ela tenha sofrido tanto como vítima de abuso como resultado dos ataques públicos injustos" que sofreu. Este acordo surge semanas antes do seguinte depoimento de André, no qual seria interrogado sob juramento pelos advogados da alegada vítima. Até à data, o príncipe negou todas as acusações de que era alvo.
No processo inicial, Giuffre afirma que André a violou quando esta tinha menos de 18 anos, na mansão de Epstein, em Manhattan, bem como na ilha privada Little Saint James e na casa de Londres de Ghislaine Maxwell, na altura companheira de Epstein e recentemente condenada por tráfico sexual e outros crimes. As acusações levaram a família real a afastar o duque de Iorque dos seus deveres enquanto membro da realeza. Foi forçado a renunciar aos títulos militares, ao título de "sua alteza real" e não poderia participar em deveres públicos.
Recordamos que, ao contrário do que aconteceu na terça-feira, os advogados de André não pensavam em Giuffre como uma sobrevivente corajosa quando as ações judiciais tiveram início, referiu o jornal The New York Times. Ao invés, alegaram que o processo fazia parte de um esforço para esta lucrar com as acusações feitas contra Epstein e os outros envolvidos. "A maioria das pessoas só poderia sonhar em obter as somas de dinheiro que ela garantiu para si mesma ao longo dos anos", afirmaram os advogados do príncipe, citados pela mesma publicação.