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Prazeres

Feira do Livro. As sugestões da redação da Máxima

A 93ª edição do evento decorre até 11 de junho no Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Foto: Kübra Arslaner / Pexels
05 de junho de 2023 às 15:49 Máxima

A Feira do Livro de Lisboa está de regresso para mais uma edição no Parque Eduardo VII, junto ao Marquês de Pombal. Este ano, o evento mantém os seus 340 pavilhões, onde podemos encontrar livros a preços mais acessíveis e novidades literárias, bem como um programa diversificado. Haverá sessões de autógrafos, sessões de leitura, show cooking, debates, apresentações e atividades para os mais pequenos, entre outras. 

Para assinalar o certame literário, a Máxima reuniu os títulos, antigos e recentes, que marcaram a sua equipa. 

Maria João Martins

Correio para Mulheres, de Clarice Lispector (Relógio d' Água)

Neste volume, editado pela Relógio d' Água, está reunida a colaboração da grande escritora brasileira com as páginas femininas de vários jornais. É o retrato de uma época servido pela lucidez única da escritora.

Foto:

Patrícia Barnabé

Coleção Terra Incógnita (Quetzal)

Comecei por ler As Praias de Portugal, Guia do banhista e do viajante de Ramalho Ortigão, que faz um mapa da época balnear do final do século XIX em Portugal, uma delícia para os observadores sociais mais argutos e interessados, e para os amantes dos detalhes mais curiosos, que se revelam nos costumes. É também uma viagem a uma certa portugalidade genuína que se tende a perder com a pressão do turismo e da gentrificação, e é um belo exercício de lifestyle, muito antes da palavra se tornar estafada como hoje, quando se era viajante e não turista. Aconselho ainda, desta mesma coleção, e comprados precisamente na Feira do Livro: Outras Paragens, uma pequena antologia de Eça de Queiroz, a arte de viajar para conhecer o mundo dos outros; O Grande Bazar Ferroviário de Paul Theroux, uma grande viagem romântica e épica pelos caminhos do Oriente e Teoria da Viagem, Uma Poética da Geografia, de Michel Onfray, porque o mundo não seria o mesmo sem o desejo de viajar. 

Foto:

Rita Lúcio Martins

Direito de Propriedade, de Deborah Levy (Relógio D'Água)

É o livro que encerra a trilogia autobiográfica que começou com Coisas que Não Quero Saber e continuou com O Custo de Vida - todos indispensáveis, para mim. A Deborah Levy tem aquela qualidade de transformar o ordinário em extraordinário ou, como li recentemente, de fazer do mundano algo de aboslutamente notável. Uma escrita sensível e envolvente, reflexiva e acutilante. É força e vulnerabilidade a um ponto que me deixa emocionada. Diria mesmo que apetece viver nos seus livros, porque eles estão cheios das pequenas coisas que dão sentido (e beleza) à vida.  

Foto: D.R

 Rita Silva Avelar

Leme, de Madalena Sá Fernandes (Companhia das Letras)

Um livro que funciona como um poderoso murro no estômago, por pôr tão bem a nu as fragilidades de uma criança subjugada à violência de uma figura masculina, neste caso um padrasto, sobrevivendo a episódios de fúria, controlo e altercação de papéis de parentalidade, à medida que se isola cada vez mais na sua frágil bolha. Denso, muito bem escrito, este é o primeiro livro da jovem escritora e cronista no Público.

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Maria Pestana

A amiga Genial, de Elena Ferrante (Relógio D'Água)

De pseudónima para pseudónima, a minha escolha só poderia recair sobre Elena Ferrante, que nos faz mergulhar numa Nápoles crua com um enredo brilhante. Especula-se que a história seja inspirada na vida da própria autora, que terá crescido em Nápoles. Estou numa fase em que apenas leio obras de autoras, porque sinto que quero beber da voz de outras mulheres. Elena Ferrante dá-nos muito a beber sobre relações, sejam elas familiares, românticas ou de amizade. No ano passado, comprei Violeta, de Isabel Allende, na Feira do Livro e foi um dos melhores livros que li em 2022. Allende tem uma forma simples, mas não simplista, de escrever e narrar a estória. Envolvi-me muito rapidamente com a natureza da personagem principal e os detalhes históricos são deliciosos. 

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Foto: D.R

Isabel Stilwell

O Infinito num Junco, de Irene Vallejo 

A história do Livro da grande biblioteca da Alexandria aos dias de hoje, mas lê-se como uma espantoso romance. A escrita de Irene Vallejo é soberba e os bons e os maus da fita do tempo prendem-nos a cada página.

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Ana Filipa Damião

Sensibilidade e Bom Senso, de Jane Austen (Clássica Editora)

Um clássico do século XIX e a primeira de várias obras da escritora. Sensibilidade e Bom Senso conta a história de duas irmãs que, apesar das suas diferenças de personalidade, se apoiam mutuamente por entre os dissabores da vida e, principalmente, no que toca ao amor. Mesmo tratando-se de um retrato psicológico e social da pequena burguesia da altura, é curioso ver como há temáticas - como o sonho de se viver um grande amor - que nunca passam de moda.

Sensibilidade e Bom Senso, de Jane Austen (Clássica Editora)

Foto: D.R

 Cláudia Lucas Chéu

A Angústia da Rapariga Antes da Faca, de Cláudia Lucas Chéu (Nova Mymosa)

Vou fazer uma escolha narcisista, que me perdoem os leitores e as leitoras, apenas porque saiu recentemente e não teve ainda lançamento nem divulgação. A Angústia da Rapariga Antes da Faca (editora Nova Mymosa) trata-se de um pequeno ensaio poético sobre a perda da virgindade das mulheres cis heterossexuais. Na Feira do Livro de Lisboa está à venda na banca Livros de Bordo.

Foto: D.R

Vanda Carreto

A Liberdade é uma Luta Constante, de Angela Davis (Antígona)

Decidi escolher este livro pois aborda um direito humano que, mesmo apesar de todos os movimentos que já criaram, continua a ser não respeitado por toda a gente, a Liberdade.

Foto: D.R

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