Uma celebração da liberdade das mulheres no segundo dia da ModaLisboa
Carolinha Machado, Béhen e Luís Buchinho marcaram o calendário de desfiles e levaram o Capitólio, em Lisboa, numa viagem pela elegância feminina.
Foto: D.R09 de outubro de 2021 às 14:21 Ana Filipa Damião
Ao segundo dia de ModaLisboa, Carolina Machado estreou a passerelle com uma coleção que foi um elogio à elegância dos clássicos.
Tal como o ambiente do desfile, também as peças apresentadas pela designer mostraram-se minimalistas e sóbrias, em tecidos frescos e fluídos, como o linho e o algodão, que foram reaproveitados de coleções passadas.
Com linhas simples mas bem definidas, Carolina Machado criou um "uniforme de verão" – uma espécie de guarda-roupa cápsula - numa fusão de elegantes silhuetas femininas contrapostas pela alfaiataria masculina, com franzidos e canelados.
Igualmente preocupada com a sustentabilidade, Béhen voltou a recuperar do "baú da avó" o famoso Bordado da Madeira para uma nova coleção – Liberdade é Nome de Mulher - inspirada em relatos de quem viveu a ditadura de Salazar, época em que a presença feminina e artística não eram valorizadas. Assim, o desfile percorre quinze coordenados, cada um inspirado numa personalidade, como Simone de Oliveira, Felipe La Féria e Helena Vieira.
Para além dos bordados, destacam-se os grandes chapéus adornados com flores, as calças àboca-de-sino, as clássica camisas com pregas nas mangas, evidenciando os ombros, e os conjuntos de fato, em tecidos como ganga azul escura e tons pastel de rosa, lilás, verde e creme.
O designer optou por peças sensuais e reveladoras, que enaltecem a silhueta feminina. Cores intensas como o verde e o amarelo juntaram-se ao grupo dos neutros para um efeito elegante e gráfico.
Porém, o verdadeiro destaque desta coleção está nas texturas visuais inusitadas, que Luís Buchinho criou através de plissados, enrugados e cortes laser, pormenores que elevaram os looks a um outro nível.