O que têm Penelópe Cruz, Charlotte Casiraghi e Vanessa Paradis em comum?
As embaixadoras da Chanel juntaram-se para conversar sobre moda e recordar memórias de estilo.
Kim Jones já tinha prometido que a sua estreia na Alta-Costura da Fendi seria dedicada a mulheres pioneiras e foi isso mesmo que aconteceu, das peças à passerelle.
O recém-nomeado diretor artístico das coleções femininas desafiou Demi Moore, que abriu o desfile num fato preto em seda (deliciosamente desconstruído), Kate Moss e a filha Lila Grace, Naomi Campbell, Christy Turlington, Adwoa Aboah, Bella Hadid, Cara Delevingne ou Delfina Delettrez Fendi para vestir uma coleção cheia de referências à liberdade feminina.
O designer, que já passou pela Louis Vuitton e continua a supervisionar as coleções masculinas da Dior, viajou para o tempo do grupo de Bloomsbury, onde se incluía Virginia Woolf e a irmã Vanessa Bell – inspirações-chave desta estreia – e onde cabiam boémios ligados à literatura e à arte no início do séc. XX. "Gosto da forma como esta família de [diferentes] pessoas – em particular estas duas irmãs pioneiras – faziam avançar as coisas," explicou Jones em entrevista à Vogue inglesa. "Admiro a forma como viviam, a liberdade que criaram para si próprios e a arte que deixaram ao mundo."
A experiência de Jones nas colecções masculinas foi evidente, mas aliada às referências aos Bloomsbury criou peças que exploraram a ideia de moda sem género, mas numa coleção cheia de bordados e drapeados, texturas e sobreposições.
O lado mais romântico das rendas e dos rosas quase choque também se evidenciou na passerelle, a mostrar que não há nada mais sedutor do que brincar com as contradições.