Já lá vão quase duas décadas de colaborações com marcas de high fashion e, este ano, a H&M volta a não quebrar a promessa. Depois de se unir a Moschino, Versace, Erdem, Giambattista Valli ou, mais recentemente, Iris Apfel, a sueca dá as mãos a Casey Cadwallader, diretor criativo da Mugler, para dar vida a uma nova linha de roupa e acessórios.
Numa coleção essencialmente em tons de negro, com pouco mais de uma mão cheia de peças em cores ácidas, os ombros marcados, silhuetas sensuais, com uma definição bastante acentuada do corpo feminino, as transparências e os espartilhos que se tornaram, ao longo do tempo, detalhes icónicos da Mugler destacam-se. Os catsuits - como o que Dua Lipa utilizou no festival Lollapalooza, durante a sua tour Future Nostalgia - também não foram esquecidos.
Tal como a cantora de Don't Start Now e Levitating, outras celebridades acabaram por tornar as peças da marca em objetos de desejo. Afinal, é impossível esquecer o vestido com efeito molhado que Kim Kardashian levou à Met Gala, em 2019, a peça vintage que Cardi B escolheu para a passadeira vermelha dos Grammys, no mesmo ano, ou o vestido de Chloë Sevigny no Festival de Cannes.
Por isso mesmo, não será uma surpresa se, a 11 de maio - dia em que a coleção ficará disponível -, as longas filas à porta das lojas se repetirem como anos anteriores ou se a palavra "esgotado" aparecer junto a todos os itens da coleção H&M x Mugler, no site da marca sueca, como aconteceu já com outras colaborações.
Se este cenário realmente se verificar, será positivo para a H&M, uma vez que, segundo a Business of Fashion, no final de 2022, os seus lucros diminuíram significativamente face ao ano anterior. Devido ao aumento dos custos, a H&M passou de 603.6 milhões de dólares (cerca de 566 milhões de euros), em lucros, em 2021, para 79.2 milhões de dólares (aproximadamente 74 milhões de euros), no ano passado.
De acordo com a WWD, especula-se que uma segunda parceria entre esta marca de fast fashion e um designer poderá surgir ainda este ano, tornando, novamente, mais democrático o acesso à moda de luxo. O nome apontado é o de Paco Rabanne. Porém, a casa, cujo fundador, Francisco Rabaneda y Cuervo, faleceu no início deste mês, não confirmou a informação.