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Celebridades

Isabel II e Harry: uma relação nem sempre clara, que o neto revela agora como era

William e Kate são os principais alvos de Na Sombra, o livro de Harry que ontem chegou às livrarias de dezenas de países. Mas existem muitos outros, dentro e fora da família real, e nem a avó escapa às suas acusações.

Foto: Getty Images
10 de janeiro de 2023 às 19:35 Maria João Martins

"Disse-lhe em voz baixa que esperava que estivesse feliz, que estivesse com o avô. Disse-lhe que admirava ela ter cumprido as suas funções até ao fim. O jubileu, a sessão de boas-vindas a um novo primeiro-ministro." Assim narra Harry, duque de Sussex, o momento em que se despediu de sua avó paterna, a rainha Isabel II, após a morte desta, a 8 de setembro último. O desaparecimento da soberana com o mais longo reinado da História do Reino Unido e os acontecimentos familiares que envolveram o seu funeral marcam o epílogo de Na Sombrao livro em que o segundo filho do rei Carlos III se propõe contar ao mundo as dificuldades da sua existência no seio da dinastia Windsor.

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Embora já fossem conhecidas algumas das farpas que Harry lança a vários membros vivos e mortos da família real (sendo William e Kate os mais visados), não deixa de surpreender que também a rainha Isabel II não deixe de ser atacada, ainda que de forma algo velada e discreta, quatro meses após o seu desaparecimento. Em causa está, antes de mais, a ambiguidade com que, em várias situações, Isabel II terá lidado com Meghan. Ou em que terá pecado mais por omissão do que por ação.

O primeiro caso ocorre ainda durante os preparativos de casamentoA rainha recebe os noivos com bonomia e mostra a sua coleção de tiaras, disponibilizando-se a emprestar uma delas para que Meghan a usasse no grande dia. Tomada a decisão, as semanas que se seguem serão marcadas por uma sucessão de entraves colocados por Angela, uma das camareiras mais antigas de Isabel II. Harry escreve a propósito: "Era evidente que estava a colocar entraves, mas por que razão? Não fazíamos a mínima ideia. Pensei em recorrer à avó, mas isso poderia desencadear um conflito aberto e não sabia que partido a avó tomaria."

Outra situação terá ocorrido num dos regressos dos duques de Sussex a Inglaterra. Harry telefona previamente à avó a perguntar se estaria livre para lanchar com eles. Esta não só se mostrou encantada com a ideia como os convida a pernoitar em Sandringham, onde ela estava. Mas tal não se veio a verificar e a rainha invocou compromissos súbitos. O neto, decepcionado, fica com a sensação de que a avó estaria a ser instrumentalizada por terceiros.

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Outra situação descrita no livro está relacionada com as gaffes cometidas por Meghan durante uma viagem em que acompanhou a rainha: "Meg regressou radiante da viagem. Criámos laços, disse-me. Eu e a rainha criámos mesmo laços! (...) Os jornais, porém, classificaram a viagem como um rotundo desastre. Retrataram Meg como uma pessoa mandona, emproada, desconhecedora do protocolo real porque cometeu o erro inconcebível de entrar num carro antes da avó. (...)  Durante dias saíram notícias sobre a infração de Meg, a sua falta de classe em geral - a ousadia de não usar chapéu na presença da avó. O Palácio tinha instruído especificamente Meg a não usar chapéu." E conclui: "O Palácio fará um telefonema. Esclarecerá o problema. Não o fez."

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Claro que Harry é prudente o bastante para não ir mais longe e trata de esclarecer que defende a monarquia com todas as suas forças: "As minhas emoções são complicadas a este respeito mas a minha posição final não o é. Apoiarei para sempre a minha rainha, a minha comandante suprema das Forças Armadas, a minha avó. Mesmo depois dela partir. meu problema nunca foi com a monarquia, nem com o conceito de monarquia. Tem sido com a imprensa e com a relação doentia que se tem desenvolvido entre esta e o Palácio. Amo a minha Pátria e amo a minha família e sempre as amarei." Afinal, esclarece, "de acordo com o último estudo a que tive acesso, a monarquia custa ao contribuinte médio o preço de uma cerveja por ano." Não fosse o leitor pensar que mais lhes valia ter uma República.

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