O nosso website armazena cookies no seu equipamento que são utilizados para assegurar funcionalidades que lhe permitem uma melhor experiência de navegação e utilização. Ao prosseguir com a navegação está a consentir a sua utilização. Para saber mais sobre cookies ou para os desativar consulte a Politica de Cookies Medialivre
Celebridades

Isabel II celebra 96 anos. Este era o diário secreto da sua adolescência, dos amores às confissões

Ao longo de quase seis anos, uma amiga de infância das Isabel e Margaret relatou em diários tudo o que viveu com as princesas. No dia do seu aniversário, recordamos o 'The Windsor Diaries: A minha infância com as Princesas Elizabeth e Margaret', diário que revela as paixões, os segredos e as peripécias de uma futura rainha com 16 anos.

Foto: Getty Images
21 de abril de 2022 às 15:19 Rita Silva Avelar

Na flor da adolescência, uma jovem aristocrata é enviada para um castelo para viver com o avô, junto de princesas, uma delas futura herdeira ao trono de Inglaterra. É difícil pensar num argumento mais aliciante para uma história de fait divers na realeza. A história foi real: o castelo é Cumberland Lodge, em Windsor Great Park, e a jovem é Alathea Alys Gwendolen Mary Fitzalan Howard, que em 1940, quando Inglaterra foi devastada pela Segunda Guerra Mundial, foi enviada pela mãe, uma socialite da época, para ficar com o seu avô paterno, o Visconde Fitzalan de Derwent. As princesas eram Elizabeth e Margaret, filhas da Rainha Mãe, também Isabel, e também tinham sido enviadas para Cumberland Lodge. As três depressa se tornaram amigas e começaram a partilhar os dias entre as aulas de desenho, de dança e as horas do chá. A primeira, que por sinal era uma escritora exímia e uma observadora nata, decidiu relatar tudo num diário.

Foto:

Em The Windsor Diaries: A minha infância com as Princesas Elizabeth e Margaret (Atria), contam-se as peripécias de três adolescentes nestes anos: dos 16 aos 22 anos. É um diário póstomo, já que a autora faleceu em 2001.

Mais de cinco décadas depois, as observações de Howard neste diário dão ao leitor uma espécie de vislumbre da intimidade da vida quotidiana da realeza britânica do século XX: patinar com as princesas Isabel e Margaret em Frogmore, ver os cavalos com o Duque de Beaufort, criticar as governantas do palácio faziam parte da soma dos dias. A autora conta episódios de romance entre a princesa Isabel e o futuro marido, o Príncipe Filipe (referia-se a ele como "P"), e como se apaixonaram ao longo dos anos. Howard era devota a Margaret, sete anos mais nova e a mais carismática das duas irmãs. "Margaret é doce e faz-nos morrer de riso" escreve, nos seus diários. "Uma adolescente retraída, privada do afeto dos seus próprios pais, registou a indelicadeza da sua mãe em sentenças de facto, sem piedade, transcrevendo escárnio cruéis e comparações desfavoráveis à sua irmã mais nova, Elizabeth Anne" escreve a Vanity Fair.

Foto: Getty Images

Além das suas preocupações adolescentes e das mágoas familiares, os seus diários revelam a profunda angústia e solidão de uma estranha neste meio de luxo. "É exasperante", escreve ela, "todas estas pessoas a conspirar e a conspirar nas nossas costas para nos enviar para lugares para onde não queremos ir" é um dos desabafos de Howard relatados neste diário, publicado pela Atria, da Simon & Schuster.

Leia também
As Mais Lidas