Em memória: 12 ícones que nos deixaram em 2025
Este ano foi palco de despedidas que ecoaram pelo mundo das artes, da cultura e da sociedade. A Máxima destaca as suas trajetórias impactantes e contribuições inesquecíveis.
Maria Teresa Horta
Em 2024, a BBC destacou-a na lista das mulheres mais influentes em todo o mundo. Mas Portugal não precisava desta distinção para reconhecer o quanto deve à escritora, poetisa e militante feminista Maria Teresa Horta, que morreu aos 87 anos. O seu legado cívico e literario mudou, espera-se que para sempre, as vidas das mulheres portuguesas.
Giorgio Armani
Aos 91 anos, morreu em Milão, a poucos meses do 50.º aniversário da fundação da sua casa de moda. Deixou para trás mais do que um império de moda - um legado de estilo, uma celebração da elegância subtil, utilitária e muito italiana.
Patrícia Saramago
Patrícia dedicou-se sobretudo à montagem cinematográfica, tendo-se formado na Escola Superior de Teatro e Cinema entre 1993 e 1996. Era discreta mas descrita como “vital” atrás das câmaras.
Francisco Pinto Balsemão
Francisco Pinto Balsemão era uma figura histórica nos círculos da alta sociedade portuguesa: ligado à televisão, à política e ao meio cultural, era um homem que unia, à sua volta, consenso e carinho. Aos 88 anos, deixou cinco filhos e 14 netos, fruto dos três relacionamentos públicos que teve, um deles fora do casamento.
Nuno Guerreiro
Conhecido pelo timbre agudo e estilo vocal distinto, Nuno Guerreiro marcou a música portuguesa nas últimas décadas, sobretudo enquanto rosto da banda "Ala dos Namorados", com quem popularizou temas como Solta-se o Beijo, entre muitos outros que fazem parte da memória coletiva naciona
Papa Francisco
Menos de 24 horas depois de ter dito algumas palavras aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, em domingo de Páscoa, o Papa Francisco morreu, aos 88 anos. Foi um ciclo de 12 anos que se encerra, marcado pela solidariedade com os mais frágeis e por alguns avanços históricos para a Igreja Católica.
Glória de Matos
Foi uma das grandes damas do teatro português: intensa, rigorosa e eternamente curiosa. Atriz desde os anos 50, estudou em Londres, cofundou a Casa da Comédia, foi musa de Manoel de Oliveira e marcou o Teatro Nacional D. Maria II com interpretações que misturavam técnica, emoção e uma rara autenticidade.
Mario Vargas Llosa
A morte do autor peruano, distinguido com um Prémio Nobel da Literatura, abalou Espanha e a América Latina e fez recuperar a memória de uma das histórias de amor mais mediáticas dos últimos anos no país vizinho: a sua relação com Isabel Preysler.
David Lynch
As personagens femininas do cinema de David Lynch, que nos deixou em janeiro, são tão marcantes como as de Almodóvar ou Truffaut. Uma ode às suas protagonistas, de Dorothy Vallens a Chrystabell.
Robert Redford
O jornalista Pedro Henrique Miranda recorda alguns dos pontos altos da carreira de Redford que conta com mais de 60 anos de sucessos do cinema, televisão e teatro.
Jane Goodall
Foi primatóloga, etóloga, conservacionista, autora, oradora e ativista. Dedicou a sua vida à protecção dos chimpanzés, até ao último dia. Morreu de causas naturais durante uma tournée de palestras. Mudou para sempre a forma como olhamos para os primatas.
Clara Pinto Correia
Uma mulher que, apesar de controversa, nunca deixou de escrever o que pensava. Nos últimos anos vivia em Estremoz e publicava crónicas no jornal online Página Um. Lê-la é ouvi-la, mas também um abre olhos.
Clara Pinto Correia. A "louca" que transformou orgasmos em Arte e amizades em revolução
São muitas as vozes que se despedem hoje de Clara Pinto Correia. Uma mulher que, apesar de controversa, nunca deixou de escrever o que pensava. Nos últimos anos vivia em Estremoz e publicava crónicas no jornal online Página Um. Lê-la é ouvi-la, mas também um abre olhos.
Clara Não: “O meu tempo é mais valioso do que estar a falar com uma pessoa que, nitidamente, só está a destilar ódio”
A ilustradora e ativista esteve no Máxima House of Beauty a falar sobre a liberdade de expressão e o ativismo, numa talk que também contou com Guadalupe Amaro e Carolina Pereira. Contou que "é preciso medir esforços" no que diz respeito às reações a comentários nas redes sociais.
Entrevista José Condessa: "O artista tem de ser o primeiro a levantar a voz."
No jardim onde o ator brincava em criança, o tempo parece ter parado. Com que sensibilidade é preciso avançar agora? Este ator mediático não quer deixar de lado a comunhão artística. Uma entrevista feita a andar a pé por Lisboa, a contrariar o ritmo das conferências de imprensa múltiplas.