Quando a realeza abdica por amor

Relembrando a humanidade da realeza, eis alguns casos em que o amor se sobrepôs ao título.

Foto: Instagram @theroyalfamily
03 de outubro de 2019 às 07:00 Vitória Amaral

Rei Carol II da Roménia

Filho da Rainha Marie, neta da Rainha Victoria da Inglaterra, com uma reputação entre a de Florence Nightingale e a da Princesa Diana. Teve um primeiro casamento morganático com Zizi Lambrino na Ucrânia, que foi anulado pouco depois por vontade da família real. Apesar de mais tarde ter casado com a sua prima Helen da Grécia, o amor da sua vida era Elena Lupescu, vinda de um a família judia convertida, que estaria ao seu lado até à morte, apesar de só se terem casado em 1947, em exílio. A amante era conhecida por manipular as decisões políticas de Carol.

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Carol II é considerado o rei mais corrupto do século XX. Passou os anos da Segunda Guerra Mundial em viagem com na América do sul até assentar em Portugal, onde morreu, no Estoril. Foi pai de quatro crianças, duas de uma menor.

Príncipe Johan Friso da Holanda

As controvérsias da casa real holandesa já remontam há algumas décadas. Em 1965, a mãe de Johan, princesa Beatriz, ficou noiva do aristocrata alemão Claus Von Amsberg, diplomata no Ministério das Relações Exteriores da Alemanha. O casamento provocou vários protestos, dado o facto de o noivo ter feito parte da Juventude Hitleriana, chegando mesmo a haver petições contra a aprovação do casamento.

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Por sua vez, Johan Friso escolheu também casar com alguém desprovido de sangue real. Mas não esperou pela aprovação parlamentar para o fazer, perdendo assim, o título real e o direito ao trono. Casou com Mabel Wisse Smit, que se tornou um membro da família real, mas não um membro da casa. Apesar de estar em segundo lugar na linha de sucessão ao trono, a seguir ao irmão Willem-Alexander, este tinha três filhos, o que tornava a saída de Johan pouco marcante. Tiveram duas filhas, Emma Luana e Joanna Zaria, nascidas em 2005 e em 2006 em Londres.

O príncipe faleceu em 2012 devido a ferimentos causados por um acidente de esqui, na Áustria.

Príncipe Philip de Inglaterra

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Apesar de ser maioritariamente conhecido como Duque de Edimburgo, o marido da rainha Isabel II era, de facto, herdeiro do trono da Grécia e Dinamarca. Nascido na ilha de Corfu, na Grécia, a família de Philip foi exilada da Grécia um ano depois, passando a viver em França durante vários anos. Depois de passar por escolas privadas na Alemanha, Inglaterra e Escócia, acabou por se naturalizar como Inglês e prescindir dos seus títulos para uma vida ao lado de Isabel II.

Ubol Ratana da Tailândia

Ubol Ratana casou em 1972 com o americano Peter Ladd Jensen, contra a vontade do pai, o rei Bhumibol, que a destituiu do cargo de princesa. Apesar das tentativas de Ubol para reaver o título, o rei nunca lho devolveu. A princesa viveu em San Diego durante 26 anos com o marido sob o nome de "Julie Jensen". Separaram-se em 1998, resultando três filhos da união. Ubol e os filhos voltaram à Tailândia em 2001. Em 2004, Khum Bhumi, um dos filhos, foi morto pelo Tsunami que devastou o país. Uma vez que Khum sofria de autismo, Ubol empenhou-se no trabalho da Fundação Khum Poom, que ajuda pessoas com a doença e outros tipos de distúrbios e deficiências. Hoje, é conhecida pela sua dedicação a causas solidárias.

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Sayako Kuroda do Japão

Também conhecida popularmente por princesa Nori, Sayako decidiou casar em 2004 com o funcionário público Yoshiki Kuroda , amigo de infância da princesa e do seu irmão mais velho.  Yoshiki tornou-se o primeiro cidadão não-aristocrático a casar com uma princesa imperial.

Sayako passou a trabalhar como ornitologista, e aprendeu a conduzir e a fazer compras no supermercado.

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Foto: Getty Images 1 de 5 Rei Carol II e Elena Lupescu
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2 de 5 / Mabel Wisse Smit e Johan Friso
Foto: Instagram @ theroyalfamily 3 de 5 Príncipe Philip, atual Duque de Edinburgo
Foto: Getty Images 4 de 5 Princesa Ubol Ratana
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Foto: Getty Images 5 de 5 Yoshiki e Sayako Kuroda
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