Dois alimentos que deve evitar para melhorar os sintomas da menopausa
Um estudo que analisou os hábitos alimentares de mais de 200 mulheres australianas com uma média de 51 anos concluiu que a dieta mediterrânica tem grandes benefícios para mulheres perimenopáusicas e menopáusicas.

A alimentação influencia todos os aspetos da vida, desde o crescimento, os níveis de energia, a capacidade de combater doenças, e, claro, o envelhecimento. A menopausa não é excepção. O que comemos tem um papel preponderante na forma como atravessamos a fase da perimenopausa e da menopausa, ajudando a atenuar os sintomas. Convém, no entanto, sublinhar que não é possível equilibrar hormonas com alimentação, da mesma forma que não há nada que se possa comer para curar a depressão. Porém, uma alimentação e um estilo de vida saudáveis são sempre grandes coadjuvantes de qualquer tratamento médico ou farmacológico. Desta vez, as evidências científicas chegam da Austrália – um estudo, no qual participaram 207 mulheres com uma média de 51 anos de idade, mostrou que a dieta mediterrânica está associada a uma diminuição dos sintomas vasomotores – afrontamentos e suores noturnos – durante a perimenopausa e a menopausa.
Não é a primeira vez que se fala da capacidade da alimentação para mitigar estes sintomas. É amplamente conhecido na comunidade médica especializada em menopausa que as mulheres asiáticas reportam menos afrontamentos que as mulheres europeias e norte-americanas. Suspeita-se – embora não haja consenso científico – que isso está relacionado com o facto de as asiáticas consumirem soja e seus derivados com grande regularidade, e a soja contém isoflavonas que têm um efeito estrogénico.


Desta vez, neste estudo publicado no European Journal of Nutrition, os investigadores questionaram as mais de 200 mulheres sobre os seus regimes alimentares e os seus hábitos culinários e compararam as respostas com as bases da dieta mediterrânica. E embora tenham percebido, muito rapidamente, que a adesão à alimentação mediterrânica era baixa ou moderada e que, portanto, seria difícil estudar quaisquer possíveis benefícios, conseguiram, isso sim, apurar que "o baixo consumo de bebidas açucaradas está inversamente associado a queixas articulares e musculares". Ao mesmo tempo, uma baixa ingestão de carne vermelha e processada foi positivamente associada a um melhor nível de saúde geral. Se está a aproximar-se da idade média da perimenopausa – por volta dos 45 anos, mas pode ser mais cedo – o melhor que faz é mesmo cortar ou reduzir o consumo destes alimentos.


O estudo, intitulado "Adesão a uma dieta de estilo mediterrâneo e gravidade dos sintomas da menopausa em mulheres perimenopáusicas e menopáusicas da Austrália: uma análise transversal", conclui o seguinte: "Além de fatores de estilo de vida, como manter um peso corporal saudável, moderar a ingestão de álcool, parar de fumar e praticar atividade física regular, a dieta e o estado nutricional geral foram identificados como fatores potencialmente modificáveis, associados à mitigação dos sintomas relacionados à perimenopausa ou menopausa. Evidências de um estudo de coorte [um tipo de pesquisa, que serve para comparar a experiência de um grupo exposto] australiano mostraram que a adesão a um padrão alimentar de estilo mediterrâneo estava associada a um menor risco de sintomas vasomotores da menopausa (por exemplo, ondas de calor e suores noturnos). Por contraste, um padrão alimentar de estilo ocidental foi associado a uma maior frequência e intensidade dos sintomas vasomotores."

Para que não restem dúvidas, o estudo define a dieta mediterrânica como "um padrão alimentar anti-inflamatório, caracterizado por um elevado consumo de frutas, vegetais, leguminosas, cereais integrais e uso liberal de azeite extra-virgem, consumo moderado de laticínios fermentados, ovos e vinho tinto (consumido apenas durante as refeições), e um baixo e/ou infrequente consumo de carne vermelha e seus derivados, manteiga, óleos vegetais e alimentos processados".

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