Com que frequência se deve mudar a fronha da almofada?
Manter a limpeza é crucial para preservar a saúde da pele, evitando a acumulação de bactérias, sujidade e outros contaminantes. Especialistas recomendam a troca regular – pelo menos uma a duas vezes por semana – para prevenir erupções cutâneas e criar um ambiente de sono mais saudável.

A fronha da almofada pode ser um dos elementos mais esquecidos na rotina de higiene doméstica, mas a verdade é que tem um impacto significativo na saúde da pele e na qualidade do sono. Ao longo da noite, a fronha acumula não só células mortas e oleosidade da pele, como também suor, resíduos de produtos capilares e até bactérias e ácaros. Com o tempo, essa acumulação pode contribuir para problemas dermatológicos, alergias e até dificuldades respiratórias. Mas, afinal, com que frequência é que se deve trocar a fronha da almofada?
A nossa pele está constantemente em contacto com a fronha, e é precisamente aí que reside o problema. De acordo com a especialista em pele Oksana-Georgia M, médica sénior da clínica Skin+IQ, qualquer maquilhagem ou sujidade que não tenha sido devidamente removida do rosto acaba por se transferir para o tecido e permanecer ali até que seja lavado, conta ao Refinery 29. A médica recomenda mudar a fronha pelo menos duas a três vezes por semana para evitar o aparecimento de borbulhas e outras imperfeições na pele. O dermatologista Alexis Granite também enfatiza, no mesmo artigo, a importância de uma boa rotina de limpeza do rosto, pois a acumulação de bactérias ao longo do dia pode agravar a situação. Uma pele mal lavada, combinada com uma fronha suja, pode resultar em poros obstruídos, infeções bacterianas e até acne.

E não é apenas a pele que sofre. A fronha pode tornar-se um ambiente favorável para ácaros e fungos, especialmente devido à humidade criada pelo calor da cabeça durante a noite. David Denning, professor de doenças infecciosas e saúde global na Universidade de Manchester, explica à BBC que os ácaros alimentam-se de células mortas da pele e que as suas fezes servem de alimento para fungos, criando um ciclo contínuo de contaminação. Isto pode ser particularmente problemático para quem sofre de alergias, asma ou problemas respiratórios.
Se acha que mudar a fronha uma vez por semana é exagero, um estudo da empresa de roupa de cama Amerisleep pode fazê-lo mudar de ideias. A empresa recolheu amostras de fronhas que não eram lavadas há uma semana e descobriu que havia cerca de cinco milhões de bactérias – um número significativamente superior ao encontrado em assentos de sanita. A acumulação de microrganismos pode levar a irritações cutâneas, inflamação dos folículos pilosos (foliculite) e até ao agravamento de condições como o eczema, como alerta a dermatologista Hannah Kopelman, na TIME.
Embora a frequência da lavagem seja essencial, o tipo de tecido da fronha também pode influenciar a saúde da pele. Oksana-Georgia M destaca que as fronhas de seda, por exemplo, podem ser uma opção mais benéfica, uma vez que possuem uma superfície mais lisa e causam menos fricção na pele. Este material é especialmente recomendado para pessoas com pele sensível ou tendência para acne, pois minimiza a irritação. Outra alternativa interessante são as fronhas de bambu, que são suaves e têm propriedades naturais antibacterianas.

No entanto, a fronha não é o único elemento que precisa de manutenção. A própria almofada pode tornar-se um reservatório de sujidade, ácaros e bactérias ao longo do tempo. Os especialistas recomendam lavá-la pelo menos uma vez por estação, mas se for particularmente sensível a alergias ou problemas respiratórios, pode fazê-lo mensalmente. Dependendo do material da almofada, pode lavá-la na máquina ou optar por uma limpeza manual com uma solução suave de vinagre e sabão, como sugere Jason James, que dirige a Dustpan & Brush, um serviço de limpeza doméstica orgânica, à TIME.

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