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A cultura das dietas, frequentemente mencionada na internet como diet culture, pode muitas vezes revelar-se tóxica devido às recomendações infundadas que promove. Desde sugestões como "coma apenas melancia durante alguns dias para perder x quilos" até "deixe o gelo derreter na boca para queimar calorias", a desinformação é vasta e perigosa. É inegável que um grande número de pessoas, maioritariamente mulheres, passa grande parte do seu tempo a pensar em formas de perder peso. Infelizmente, esta é a nossa realidade. No entanto, é possível encontrar formas saudáveis de o fazer.
Mariana Chaves, nutricionista e autora de um podcast e de dois livros – Dieta Única (2016) e Aprender a Comer (2024), procura informar as pessoas sobre como podem ter uma vida mais saudável através de uma alimentação equilibrada, sempre aliando aprendizagem e diversão, desmistificando tabus em torno da nutrição. No seu livro mais recente, enfatiza que "comportamentos alimentares são uma ferramenta poderosa para a saúde" e dedica-se a desconstruir vários mitos alimentares.
Começa pela famosa frase "fechar a boca" e refere que é não só enganadora como também potencialmente prejudicial à saúde. Chaves explica que a eliminação drástica de muitos alimentos pode levar a deficiências nutricionais, submetendo o corpo ao "modo de sobrevivência". Este estado pode desacelerar o metabolismo e dificultar a perda de peso. A solução, segundo a nutricionista, está em optar por uma alimentação equilibrada que inclua todos os grupos alimentares em proporções adequadas. Outro mito comum é que uma simples torrada ao pequeno-almoço é insuficiente. A autora esclarece que, sendo a primeira refeição do dia, é crucial que esta seja rica em nutrientes essenciais, como as proteínas. Não significa que devemos eliminar o pão, mas sim complementá-lo com outros alimentos nutritivos, como ovos, abacate ou iogurte, para garantir um início de dia equilibrado e energético.
Estamos habituados a ouvir que para perder peso é necessário cortar todos os hidratos de carbono da dieta. A nutricionista refuta esta ideia, sublinhando que os hidratos só são prejudiciais quando consumidos em excesso. Exemplifica este caso com o Japão, que possui uma das mais baixas taxas de obesidade do mundo e, simultaneamente, um elevado consumo de hidratos de carbono, especialmente provenientes de arroz e vegetais. A chave está na moderação e na escolha de hidratos de carbono complexos, que fornecem energia duradoura e são fundamentais para o bom funcionamento do corpo.
É essencial abordar a alimentação com uma perspectiva informada e equilibrada, evitando extremos e modismos que podem comprometer a saúde. As orientações de Mariana Chaves são um guia valioso para quem procura viver de forma saudável sem cair nas armadilhas da "diet culture".