Mulheres cientistas reconhecidas pela fundação L’Oréal e pela UNESCO
Três mulheres viram o seu trabalho ser homenageado na 25ª edição da cerimónia L’Oréal-UNESCO “Mulheres na Ciência”.

Mursal Dawodi do Afeganistão, Ann Al Sawoor do Iraque e Marycelin Baba da Nigéria, são estas as mulheres que vão ficar para sempre na história da ciência depois de terem recebido uma medalha de honra e uma doação de 30 mil euros como forma de reconhecimento do seu trabalho.
Na cerimónia, pensada para "dar visibilidade à liderança feminina no mundo da ciência" estas três mulheres cientistas viram o seu trabalho ser valorizado depois de terem fugido do seu país de origem para conseguirem sobreviver. A entrega do prémio L'Oréal-UNESCO para as mulheres na ciência aconteceu em Paris e contou com a presença de vários representantes do mundo da Ciência.
Focada no uso da inteligência artificial, a Mursal Dawodi é autora de várias publicações científicas. Viu-se obrigada a fugir para a Alemanha quando o regime no Afeganistão mudou.


Ann Al Sawwor é especializada na análise numérica de probabilidade e em técnicas de álgebra linear numérica. Mudou-se para França depois de ter sido vítima de violência física devido a ser mulher e à sua religião, em 2022 conseguiu a nacionalidade francesa.

Apesar de já ter regressado à Nígéria, a Marycelin Baba, médica especialista em vírus, contribuiu para a eliminação da poliomielite na Nigéria e para o desenvolvimento da pesquisa médica sobre um arbovírus (responsável, por exemplo, pela febre amarela), saiu da Áfirica do Sul e do Quénia devido ao terrorismo. Atualmente já regressou à Nigéria e durante a covid-19 coordenou vários testes em laboratório no estado de Bornéu, na Ásia.


Baseada em avaliações de duas organizações sem fins lucrativos, no trabalho científico e na resiliência das três premiadas, a escolha foi feita por Audrey Azula (diretora geral da UNESCO) e por Jean-Paul Agon (presidente da Fundação L'Oréal). Já a medalha foi entregue por Alexandra Palt (diretora executiva da Fundação L'Oréal), por Edith France (professora de epigenética e memória celular no Collège de France e diretora geral do Laboratório Europeu de Biologia Molecular) e por Firmin Edouard Matoko (diretor geral adjunto da UNESCO).

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