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Beleza / Wellness

Praguejar faz bem à saúde, comprova a ciência

Quem diria que gritar ao mundo algumas palavras proibidas poderia ter tantas vantagens?

Foto: D.R
02 de dezembro de 2022 às 15:40 Ana Filipa Damião

Se o instinto já nos dizia que praguejar em voz alta era benéfico para a saúde, agora temos a certeza absoluta. Uma equipa de cientistas descobriu que os "palavrões" ajudam os indivíduos a tolerar melhor a dor, aliviar o stress e ainda contribuem para a construção de relações interpessoais"Produzem efeitos que não são observados com outras formas de linguagem", adianta o estudo.

"As pessoas sabem que caso se magoem, dizer "asneiras" é uma boa ideia porque parece ajudar. Sabem que ajuda a expressar a sua frustração", explica Richard Stephens, psicólogo, professor na Universidade de Keele, em Inglaterra, e integrante do estudo, em entrevista ao programa de rádio As It Happens, da CBC

Para se chegar a este resultado, analisaram-se 100 publicações académicas, de diferentes disciplinas, sobre as consequências do usto deste tipo de palavras. Alguns trabalhos afirmam que os palavrões levam a um sentido de camaradagem, confiança e solidariedade entre membros de um grupo - colegas de trabalho, por exemplo, - especialmente se enfrentarem obstáculos juntos. É visto como um sinal de intimidade, uma vez que, por norma, somos mais educados com desconhecidos.  

Outras publicações dizem que os palavrões são eficazes na criação de relações parassociais, ou seja, uma relação unilateral e não recíproca que alguém cria com uma figura pública conhecida ou até com personagens de uma série de televisão. Quem pragueja em mensagens é ainda visto como alguém mais "credível ou persuasivo" do que as pessoas que não o fazem.

Faz-nos sentir melhor, mas porquê? Trata-se de um ato bastante desaprovado por algumas normas sociais, explica o investigador. É algo íntimo e não filtrado, uma reação honesta a alguma coisa. É um dos melhores recursos para lidarmos com a raiva e a frustração.  

Outro estudo, este de 2020, concluiu ainda que o ser humano consegue ficar em contacto com água gelada por mais tempo se estiver a praguejar. Contudo, não pode ser uma palavra qualquer. O impacto emocional é maior se for dita na língua materna do indivíduo, e quanto mais intensa for, melhor, alegam os especialistas.

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