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Irão. Mulheres cortam o próprio cabelo como reação à violenta morte de Mahsa Amini

Mahsa Amiri, de 22 anos, foi morta no dia 16 de setembro pelo uso incorreto véu islâmico, o 'hijab'.

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Mulheres iranianas cortam cabelo como protesto pela morte de Mahsa Amini
22 de setembro de 2022 às 19:00 Bianca Gregório / com Rosário Castro.

13 de setembro. Mahsa Amini visitava Teerão, Irão, com a família quando foi presa pelo uso "inapropriado" do véu islãmico, hijab, tendo assim incumprido as regras e desrespeitado o código de vestuário da República do Irão. Neste país, as mulheres são obrigadas a tapar o cabelo e pescoço com o hijab quando estão em público. Entre muitas outras proibições, está também o uso de saias e calças justas ou roupa com cores vivas. A jovem foi levada para o Centro de Detenção de Vozara - onde acabou por desmaiar - para aprender o código de vestuário, afirma a CNN. Foi transportada para o hospital e acabou por morrer, passados três dias em coma. A BBC aponta para a existência de registos de que os agentes atingiram Amini com um bastão e forçaram a sua cabeça contra um veículo oficial, repetidamente e de forma brusca. Já a polícia do Teerão afirma que "não houve nenhum contacto físico" entre os oficiais e Mahsa Amini. 

Este acontecimento lançou uma onda de manifestações pelo país fora, em cidades como Teerão, Rasht, Ispahan e no sul do Irão. Muitas mulheres não estão a usar os seus hijabs em público e a queimá-los, enquanto gritam "Morte ao ditador!", referindo-se ao líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei.

Foto: Getty Images

Os protestos estendem-se até às redes sociais, onde existem cada vez mais vídeos de mulheres iranianas a cortar o próprio cabelo, como aqui mostramos.

No último dia 20, as autoridades afirmaram que os seus carros foram queimados pelos protestantes e que os agentes de autoridade foram atingidos com pedras. De forma a retaliar, a polícia usou gás lacrimogéneo para afastar multidões. A BBC avança que já foram mortas 9 pessoas que se encontravam nas manifestações, por estarem a quebrar as regras do hijab.

Foto: Getty Images

As Nações Unidas já condenaram este ataque e as autoridades pelas suas atitudes violentas para com os manifestantes.

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