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Como identificar uma relação tóxica (e aprender a viver sem ela)

Estes são os sinais de alerta a que devemos tomar atenção, quando estamos perante um relacionamento marcado por emoções negativas.

11 de fevereiro de 2022 às 13:29 Rita Silva Avelar
Os especialistas chamam-lhes relações tóxicas. São relacionamentos, amorosos ou não, que trazem negativismo à vida do outro e que a poluem de forma perturbante. Para Filipa Jardim da Silva, psicóloga, uma relação tóxica é "uma relação disfuncional e destrutiva, em que não existe o respeito necessário pela individualidade do outro, predominando a crítica, o julgamento, o ciúme e o poder. Se uma relação saudável tende a gerar potenciação mútua e constitui uma interação segura, onde o amor e o companheirismo predominam, uma relação tóxica cria precisamente o oposto", descreve a especialista. Por outras palavras, em vez de nos sentirmos mais felizes, enérgicos e confiantes "vamos sentindo-nos progressivamente mais tensos, inseguros, com uma autoestima mais frágil numa relação tóxica".
 
E se a definição de psicopata não estivesse assim tão longe de alguns comportamentos associados a estas relações? A verdade é que, à partida, quem começa um novo relacionamento não considera a possibilidade da pessoa que acabou de conhecer ter um distúrbio de personalidade, mesmo que lhe vislumbre alguns comportamentos inadequados e até mesmo agressivos. Para muitos de nós, pode ser difícil determinar se o nosso parceiro é saudável ou se os seus padrões de comportamento são indicativos de um problema maior. Para Filipa, há sinais a que devemos prestar mais atenção do que outros. "Uma relação tóxica constitui uma fonte de intranquilidade, de tensão, de medo. As dinâmicas pautam-se por uma assimetria de poder, por uma forte dependência emocional, por desrespeito psicológico e/ou físico e/ou por manipulação. É importante que todos estes alertas não sejam ignorados, de forma a não normalizarmos algo que não é saudável. Nunca será suposto sentirmo-nos inferiores e desrespeitados numa relação e, por mais ambivalência que possa existir na tomada de consciência e de decisão, é crítico que mantenhamos uma rede de suporte com familiares e amigos que nos possam apoiar num momento mais desafiante."
Como identificar uma relação tóxica (e aprender a viver sem ela)
Como identificar uma relação tóxica (e aprender a viver sem ela) Foto:
Segundo um artigo do Psychology Today, há vários alertas verbais e comportamentais aos quais devemos estar atentos. Frases como "sou superior a ti" são comuns em pessoas que estão associadas a distúrbios de personalidade, sendo que a missão principal é fazer o outro sentir-se inferior ao dizer-lhe constantemente que não é boa, ou bom, o suficiente. Para Filipa, a importância verbal num relacionamento é inegável no processo de identificação de comportamentos tóxicos. "Todas as frases que possam denotar desrespeito pela individualidade e liberdade da outra pessoa, num registo passivo-agressivo, são alertas que em menor ou maior escala deverão ser reconhecidos. Por isso, conclui: "De uma forma transversal, uma relação a dois deve ser uma fonte de segurança, amor, companheirismo. Com todos os desafios inerentes e diferenças a gerir, a sensação de aceitação incondicional e bem-estar predominam."

Alguns sinais tradutores de que podemos estar numa relação tóxica, segundo a psicóloga, na galeria acima.

Quando alguém tem medo de expressar-se livremente numa relação, medindo as palavras e a informação que irá passar por temer a reação do outro.
1 de 7 / Quando alguém tem medo de expressar-se livremente numa relação, medindo as palavras e a informação que irá passar por temer a reação do outro.
Quando a relação é pautada por imprevisibilidade, com oscilações de comportamento e interação súbitas.
2 de 7 / Quando a relação é pautada por imprevisibilidade, com oscilações de comportamento e interação súbitas.
Quando a comunicação tende a ser passivo-agressiva.
3 de 7 / Quando a comunicação tende a ser passivo-agressiva.
Quando nos pedem as passwords de contas de redes sociais e do telemóvel, exigindo o acesso a tudo como prova de confiança e transparência.
4 de 7 / Quando nos pedem as passwords de contas de redes sociais e do telemóvel, exigindo o acesso a tudo como prova de confiança e transparência.
Quando necessitamos de estar permanentemente contactáveis e sentimos que nos é pedido um relato do dia.
5 de 7 / Quando necessitamos de estar permanentemente contactáveis e sentimos que nos é pedido um relato do dia.
Quando as discussões são muito frequentes e com contornos destrutivos (tom de voz elevado, ofensas verbais, destruição de objetos, ameaça física).
6 de 7 / Quando as discussões são muito frequentes e com contornos destrutivos (tom de voz elevado, ofensas verbais, destruição de objetos, ameaça física).
Quando o ciúme predomina, como se fôssemos propriedade da outra pessoa.
7 de 7 / Quando o ciúme predomina, como se fôssemos propriedade da outra pessoa.
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