Jessica Athayde: "Dar de mamar, ou então não querer dar, ainda implica um enorme julgamento da sociedade"
Mãe de Oliver, Jessica Athayde é uma das mulheres portuguesas que mais pensa e discute as questões da maternidade. Saiba o que a atriz tem a dizer sobre a gravidez, o parto, as redes sociais e a pressão social sobre as mães.
Foto: @jessica_athayde27 de maio de 2021 às 07:00 Rita Silva Avelar
Qual foi a sua reação quando soube que estava grávida do Oliver? Quem foi a primeira pessoa a quem contou, e quais foram as reações mais épicas/inesperadas, recorda-se?
Fiquei feliz e incrédula por ter sido tão rápido, contei ao meu irmão que ficou super feliz e à minha agente Vanessa que estava no meio do supermercado e deixou os sacos cair no chão.
Sabemos que já contou ao detalhe a sua gravidez e parto. Mas quais foram os momentos mais desafiantes? Os "contras" pesaram mais que os "prós"? Ainda há uma tendência para romancear a gravidez?
Ter vomitado durante 9 meses foi desafiante ... Mas não me lembro de nada que não tenha contado ainda.
Acho que ter uma carreira e ser mãe não é tão fácil como dizem, consegue-se, claro, mas implica sempre sacrifícios seja da vida pessoal como da profissional. Qualquer decisão para mim é válida desde que estejamos felizes.
É importante ter momentos só para si? De que forma é que consegue fazê-lo?
É, claro. Mas eu adoro ser mãe e gosto muito de passar tempo com o Oliver. Às vezes um banho demorado salva-me o dia.
O que é que continua a ser tabu na maternidade, no ser-se mãe?
Há muitas coisas, mas posso apontar a decisão de dar de mamar. Dar de mamar, ou então não querer dar, ainda implica um enorme julgamento da sociedade.
Fala abertamente sobre estes temas nas suas redes sociais. É importante, por ser atriz e figura pública, ajudar a normalizar a questão?
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Acho que é importante enquanto mulher falar das opções que as mulheres deveriam ter, e educar as gerações mais novas para que dentro de pouco tempo, espero, deixe de ser tema e possamos normalizar a gravidez, a maternidade e as decisões que só cabem às próprias mulheres tomar.