Catarina Furtado denuncia assédio sexual. "Uns fizeram-me convites insinuantes, outros eram mais rebuscados"

Depois de Sofia Arruda, Jessica Athayde e Cláudia Lucas Chéu, é a vez de Catarina Furtado falar. Será esta a vez de Portugal reagir ao #MeToo?

Foto: Pedro Ferreira
30 de abril de 2021 às 13:00 Rita Silva Avelar

Ao semanário, revela ainda que fez como muitas mulheres: assumiu que não era nada com ela. "Apesar da minha tenra idade, recorri à minha inteligência emocional, ao jogo de cintura, não caí na armadilha, e consegui evitar uma relação de hostilidade, de conflito. Mas é preciso analisar porque é que consegui não cair na armadilha. Apesar de sentir medo de perder alguma coisa que estava a conquistar por mérito próprio, tinha uma retaguarda familiar, sabia perfeitamente que tinha um porto seguro" afirmou, tendo saído de todas as situações sozinha. 

Solidária, humanitária e feminista assumida, Catarina Furtado é embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, e fundadora da associação portuguesa Corações com Coroa. Recentemente, fez uma publicação na sua conta de Instagram onde alertava para o assédio, e escreveu: "em 2018 dei uma entrevista onde falei pela primeira vez do meu caso pessoal. As razões que me levaram a falar naquela altura são diversas. Hoje este assunto está na ordem do dia mais do que nunca. Nem sempre abordado com a seriedade desejada. A tónica está sempre muito mais nas vítimas do que nos agressores. É fundamental encontrar as causas, perceber como as combater, dialogar com todos os intervenientes de forma construtiva, com exigente reflexão, apoio da legislação, partilha de informação e urgente prevenção."

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