A sexualidade existe sem sexo?

No Dia Mundial da Saúde Sexual é lançado um vídeo de alerta que mostra que as relações são mais do que sexo.

GAF - DIA MUNDAL DA SAÚDE SEXUAL.mp4
04 de setembro de 2017 às 19:26 Margarida Ferreira

O Gabinete de Atendimento à Família (GAF) de Viana do Castelo e a Associação de Produção e Animação Audiovisual lançaram um vídeo sobre o amor e a intimidade no Dia Mundial da Saúde Sexual. O objetivo é sensibilizar as pessoas para algumas questões ligadas à sexualidade e quebrar alguns mitos.

A Associação Mundial de Saúde Sexual defende que as relações são mais do que sexo e alerta para a sua importância emocional. Desta forma, o sexo não depende de idade ou contextos mas deve ser vivido de "forma positiva e afetiva". Carina Parente, psicóloga do GAF, afirma que a sexualidade pode ser vivida sem sexo, nos casos de pessoas que abdiquem dele numa relação ou por pessoas que não tenham desejo, a chamada assexualidade. No entanto, a psicóloga também defende que, apesar de poder não existir sexo, é necessário que exista sedução e intimidade para o bem-estar pessoal.

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A campanha também pretende contrariar a discriminação e questionar alguns mitos relacionados com a sexualidade: "Importa questionar a heteronormatividade e criar um olhar mais tolerante face a outras vivências da sexualidade, como a bissexualidade, homossexualidade e o poliamor." É necessário contrariar a pressão social e cultural que indica a heterossexualidade como norma.

A proteção é também um dos temas centrais desta campanha, tendo em conta que infeções sexualmente transmissíveis, como o VIH/SIDA, afetam um número significativo de pessoas a nível mundial e são muitas vezes transmitidas pelos próprios parceiros de vários anos. Desta forma, contraria a ideia de que só é necessária proteção nas situações em que não existe relação amorosa. A psicóloga trabalha desde 2008 no Centro de Atendimento Psicossocial VIH/SIDA e afirma que é ainda surpreendente "o desconhecimento que existe acerca da infeção", que pode acontecer em qualquer idade, desde que as pessoas sejam sexualmente ativas. O vídeo conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica e existe nas versões portuguesa e inglesa.

 

Veja o vídeo em cima

 

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