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Quais são os novos contraceptivos?

Quais são as alternativas à pílula e ao preservativo? Será que devemos escolher diferentes métodos em diferentes idades e fases de vida? A Máxima sentou-se à conversa com a ginecologista e obstetra Odília Pinho e tirou todas as dúvidas.

Quais são os novos contraceptivos?
Quais são os novos contraceptivos?
28 de setembro de 2017 às 12:00 Carlota Morais Pires

O último estudo a analisar as práticas contracetivas das mulheres portuguesas foi liderado pela Sociedade Portuguesa de Ginecologia e pela Sociedade Portuguesa de Contraceção e foi publicado em 2015. Com base nos hábitos contracetivos de quatro mil mulheres com idades entre os 15 e os 49 anos, as conclusões mostraram que, atualmente, 94% das mulheres usam um método contracetivo, um aumento de 12% quando comparado com os dados de 2005, data em que tinha sido realizado o último inquérito. A investigação também concluiu que a pílula é o método mais utilizado pelas portuguesas; mas que uma em cada cinco mulheres admitiu esquecer-se frequentemente de a tomar.

"Todos os métodos contracetivos que encontramos hoje têm uma eficácia muito boa, a rondar os 100%. Isto se forem utilizados corretamente", afirma Odília Pinho, médica ginecologista e obstetra no Porto. "Mas o único que protege de doenças sexualmente transmissíveis é o preservativo", acrescenta.

"Existem vários métodos, todos eles são uma boa possibilidade, mas devem ser sempre recomendados numa consulta de ginecologia ou de planeamento familiar. Todas as pessoas são diferentes e é importante ter em conta diferentes fatores quando escolhemos um método contracetivo", defende Odília Pinho.

E qual é a eficácia das aplicações dos smartphones que controlam o ciclo e nos dizem o dia da ovulação? "Antes de existir a app já o podíamos fazer com um calendário, mas é um método muito arriscado – o ciclo tem a duração de 28 dias, sendo que a ovulação ocorre ao 14.º dia. O método exige a abstinência temporária nos três dias que antecedem e nos três dias que sucedem a ovulação, isto é, os seis dias em que há essa possibilidade de engravidar. Mas para se saber exatamente que dias são, o ciclo tem de ser exato, o que nem sempre acontece, porque não somos máquinas. É um método falível", assegura a ginecologista.

Além da pílula e do preservativo, estas são as opções mais eficazes.

 

Anel vaginal

É um contracetivo hormonal combinado de absorção transvaginal. O anel é transparente e flexível, tem aproximadamente 5 centímetros de diâmetro e é medicado, ou seja, contém duas hormonas (estrogénio e progestagénio) que vão sendo libertadas ao longo do mês.

A dosagem hormonal do anel é baixa e, à semelhança da pílula, quando é utilizado corretamente tem uma eficácia de 99%.

 

Implante hormonal

O implante é um método contracetivo hormonal de longa duração, que pode ser utilizado até 3 anos. Colocado no braço, sob a pele, o implante pode ser um bom método contracetivo para mulheres que não toleram ou que estão contraindicadas para a administração de estrogénios. O implante tem uma taxa de eficácia de 99% e pode ser usado em qualquer idade.

"O que menos gosto no implante é a sua imprevisibilidade no padrão menstrual, ou seja, a mulher pode ficar sem menstruar ou passar a ter hemorragias diárias", adverte Odília Pinho.

 

Adesivo contracetivo

Este é um método contracetivo de utilização semanal que consiste na aplicação de um adesivo fino e medicado à superfície da pele. "O adesivo tem cerca de 20 milímetros, é bege e pode ser colado em qualquer parte do corpo (à exceção da mama, devido à produção hormonal, já que o cancro da mama é hormonodependente), desde que a pele esteja seca, limpa e sem pelo", explica a médica.

As hormonas, uma combinação de progestagénio e estrogénio (semelhante à que encontramos na pílula combinada), são continuamente transferidas através da pele para a corrente sanguínea.

 

DIU (Dispositivo Intra-Uterino) e SIU (Sistema Intra-Uterino)

São ambos métodos contracetivos de longa duração e podem ser utilizados até 5 anos. O DIU é um pequeno dispositivo em cobre que se aplica por via vaginal; o SIU funciona de forma semelhante mas é medicado, isto é, vai libertando hormonas ao longo do ciclo. "Normalmente, o DIU está associado a ciclos menstruais mais longos e abundantes, enquanto as menstruações com o SIU são quase inexistentes", explica a obstetra Odília Pinho.

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