A verdadeira degustação para amantes de japonês

Entrar no Kabuki é como abrir as portas ao maravilhoso mundo da cozinha nipónica, recriada ao detalhe e ao rigor.

Foto: Nigiri de toro flambé, no Kabuki.
04 de abril de 2022 às 10:43 Rita Silva Avelar

De portas abertas desde dezembro de 2021, o Kabuki Lisboa abriu nas renovadas Galerias Ritz para se afirmar como o novo sítio para amantes da gastronomia nipónica, com um toque do mediterrâneo. A cozinha está (muito bem) entregue ao chef espanhol Andrés Pereda, que está há mais de catorze anos no grupo (veio do Kabuki Komori em Valência, onde chefiou a cozinha durante 10 anos, já que o restaurante tem origem em Espanha).

Foto: José Antonio Aparicio
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Num ambiente a meia luz, escuro, algo misterioso e arquitetado por Maurice Sainz, não deixamos de reparar nas obras de arte de Carlota Pereiro, artista galega, uma subtil referência à origem espanhola do Kabuki, o que nos faz pensar de imediato que estamos no sítio elegante e bem decorado. No piso inferior, está a sala principal onde são apresentados menus de degustação e opções à carta, no piso intermédio está o bar Kikubari e, no piso superior, o Kabuki Experience, um espaço mais intimista com menus termáticos que estão em funcionamento desde meados de fevereiro.

Foto: José Antonio Aparicio

O que nos chega à mesa, neste restaurante intimista e dedicado à experiência nipónica? Primeiro, uma box cheia de aperitivos miniatura, de reinterpretação de croquetes a dumplings. Passamos depois aos principais, como o menu de nigiris, servido ao balcão, como manda a tradição, ou então os pratos tradicionais japoneses e criações autênticas do Kabuki, que podem ser apreciados em formato menu de degustação (entre os €100 e os €135) ou à carta, e neste caso à mesa.

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Foto: José Antonio Aparicio

O niguiri, protagonista essencial desta experiência, assume, por exemplo, várias formas: com ovo de codorniz estrelado e patê de trufa, na versão toro al pastor, de wagyu ou de bife tártaro, tudo iguarias tipicamente japonesas, ou usadas na cozinha de autor japonesa. No caso dos usuzukuris, destacam-se as fórmulas deliciosas do usuzukuri de "pa amb tomaca" (ventresca de atum) ou o usuzukuri de carabineiro. Para quem se quer desviar um pouco do tradicional: a experimentar a costela Wagyu com molho teriyaki. De sobremesa, porque não um mochi, a delícia doce que está em voga em Portugal? Aqui há um exemplar de maracujá e frutos vermelhos.

Foto: DR

Filipe Wang, head sommelier com experiência no mundo do fine-dining, faz a harmonização perfeita, se lha pedirmos. Isto porque o restaurante é igualmente forte na carta de vinhos: há mais de 350 referências, e com ambição de chegar às mil, a filosofia do grupo está claramente presente na forte aposta no champanhe (150 opções), vinhos da Borgonha, riesling, sake e jerez, e nas harmonizações que respeitam e destacam a qualidade do produto (o grupo foi um dos responsáveis pela a harmonização da cozinha japonesa com vinho em Espanha). 

Foto: José Antonio Aparicio

No bar Kikubari, são vários os cocktails disponíveis, a cargo do barman Guilherme Godinho, todos eles com o selo Kabuki, que podem ser acompanhados por alguns snacks como ostras, caviar, pickles caseiros e o prego Kabuki, mesmo antes da refeição principal, ou então como "petisco" rápido numa passagem breve pelo restaurante.

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Em breve, o Kabuki recebe um ciclo de jantares vínicos, orquestrados por Filipe Wang e a decorrer no Kabuki Experience, a fim de proporcionar uma degustação de menus de excelência Kabuki criados especialmente para a data e para os vinhos, acompanhados de um serviço de vinhos internacionais de excelência em pairings inovadores. O primeiro jantar contará com o produtor de champanhe Domaine Selosse, e tem 6 lugares disponíveis (€800 por pessoa).

Onde? R. Castilho 77B, 1070-050 Lisboa  De terça-feira a sábado, das 12h30 às 15h, e das 19h30 à meia-noite. Reservas 21 249 1683

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