Outubro Rosa

Saúde mental, oncoplástica e reconstrução mamária: a visão de uma cirurgiã plástica

Neste webinar Outubro Rosa, Sofia Santareno revela de que forma a reconstrução mamária pode ser diferente caso a caso, com mais ou menos intervenção, em mulheres (e homens) com cancro da mama. Sem esquecer os efeitos da saúde mental.

02 de novembro de 2020 Rita Silva Avelar

Na vanguarda dos avanços estéticos no campo da reconstrução mamária, Sofia Santareno é o rosto da Clínica Dr. Pure em Lisboa. Com anos de experiência no campo da cirurgia estática, esta cirurgiã é uma das referências nacionais na área, sobretudo na forma como aborda caso a caso todos os pacientes que lhe passam pelas mãos.

Neste webinar, destaca a importância de um diagnóstico precoce para que a nível estético os resultados sejam otimizados. "A cirurgia plástica é uma especialidade muito holística naquilo que diz respeito à abordagem de toda a anatomia do corpo e focando-nos na mama é importante a intervenção da cirurgia plástica se estivermos a passar por um processo de reconstrução mamária" começa por dizer. "Quando se consegue fazer um rastreio, ou uma identificação precoce da lesão, conseguimos fazer um tratamento mais localizado. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais pequena será a lesão" salienta, reforçando que há sempre formas de recorrer a outras partes do corpo, muitas vezes, naquilo a que chama uma cirurgia oncoplástica.

"Numa situação mais agressiva, como uma mastectomia, passamos por um processo de reconstrução com outras técnicas", acrescenta, sem esquecer a importância da abordagem do oncologista, do ginecologista e do cirurgião que acompanham o caso.

Sofia Santareno não esquece, também, o peso da saúde mental em quem passa por uma situação de cancro da mama. "O acompanhamento e a empatia, o tal ‘calçar os sapatos do outro’, permite-nos perceber qual vai ser o impacto daquela imagem" referindo-se às transformações do corpo que uma intervenção cirúrgica desta natureza pode provocar. "Podemos sobreviver a um cancro, mas ele também passar a fazer parte da nossa história de vida."

(Re)veja aqui o webinar Outubro Rosa sobre o cancro da mama, na qual se juntaram outras vozes como a de Tânia Dioespirro e Simone de Oliveira, testemunhos reais, ou Vitor Rodrigues, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro da Mama, Marta Temido, Ministra da Saúde, e Fátima Cardoso, investigadora e Diretora da Unidade de Mama da Fundação Champalimaud.

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