Christie's vai leiloar as controversas pulseiras de diamantes de Maria Antonieta
Um conjunto de pulseiras de diamantes que pertenceram à rainha consorte da França e Navarra vai a leilão. Estas três pulseiras simbolizam, também, a decadência de uma rainha que foi sempre apelidada por ser esbanjadora, e cuja história se entrelaça com a da revolução francesa.

Um conjunto de pulseiras de diamantes pertencentes à última rainha da França, será o destaque e o lote de abertura do leilão "Joias Magníficas" organizado pela Christie's no próximo 9 de novembro em Genebra.
Totalizando 112 pedras lapidadas, incrustadas em ouro e prata, estima-se que as pulseiras pesem entre 140 e 170 quilates, avança a WWD. Ainda na sua caixa original, que traz etiquetas manuscritas e referências de inventário dos descendentes da rainha, estas joias são objetos raríssimos, e muito cobiçados, embora tenham sido um marco decadente na história da rainha.


Falamos do famoso "Caso do Colar de Diamantes", um escândalo que contribuiu para a Revolução Francesa e a queda de sua monarquia ao dar mais força à sua já danificada reputação de rainha extravagante e esbanjadora (que efetivamente o foi). Embora o seu gosto por joias esteja bem documentado, poucas peças sobreviveram ao longo do tempo, o que faz com que este momento seja ainda mais emocionante, afirmou Marie-Cécile Cisamolo, especialista em joias da Christie's, citada pela WWD.
"A questão de um milhão de dólares é: quantas joias de Maria Antonieta [ainda] existem? (...) Essas pulseiras são muito raras pelo facto de a sua procedência poder ser rastreada até ao inventário" Só graças aos registos históricos e inventários de familiares, incluindo uma fotografia de 1907, esse rastreio foi possível.


Compradas em 1776 aos joalheiros da corte parisiense Boehmer et Bassenge por 250.000 libras, e pagas em pedras preciosas com fundos recebidos por Luís XVI (conforme atestado nos documentos pessoais do rei) as pulseiras foram enviadas para o cofre de um ex-embaixador do Império Austríaco, país de nascimento de Maria Antonieta. Mais tarde, haveriam de surgir num inventário feito por um sobrinho da rainha, o imperador Francisco II da Áustria, após a execução da rainha em 1793.
Sabe-se que passaram pelas mãos de Madame Royale, a filha sobrevivente de Marie-Antoinette, Marie-Thérèse Charlotte da França, que as usou num retrato em 1816. Após a sua morte, em 1851, as pulseiras foram passadas para as suas sobrinhas e sobrinhos, e por fim para a família do Duque de Parma.

Estima-se que as pulseiras alcancem entre entre os 2 milhões e os 4 milhões de dólares, mas os objetos anteriores pertencentes à última rainha da França tendem ser vendidos por preços exorbitantes. Uma pérola leiloada em novembro de 2018 na Sotheby's atingiu 36 milhões de dólares, de uma estimativa de 2 milhões, enquanto um sapato foi vendido por 43.750 euros, mais de quatro vezes a estimativa inicial.

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