Celebridades

Secretária de estado francesa posa para a Playboy e gera polémica

Marlène Schiappa, secretária de estado da primeira-ministra Élisabeth Borne, responsável pela Economia Social e Solidária e Vida Associativa, deu uma longa entrevista à publicação sobre os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+.

Marlène Schiappa, secretária de estado da primeira-ministra Élisabeth Borne, responsável pela Economia Social e Solidária e Vida Associativa.
Marlène Schiappa, secretária de estado da primeira-ministra Élisabeth Borne, responsável pela Economia Social e Solidária e Vida Associativa. Foto: Getty Images
03 de abril de 2023 Rita Silva Avelar
Marlène Schiappa é a mulher de quem se fala em França, por estes dias. Parte do governo de Macron desde 2017 - atualmente é secretária de estado de Élisabeth Borne, responsável pela Economia Social e das Associações Francesas - aparecerá na capa da revista Playboy francesa, à qual dá uma entrevista de 12 páginas sobre os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+, no próximo 6 de abril.

Schiappa tem sido uma defensora de longa data dos direitos da mulher e foi nomeada a primeira-ministra para a Igualdade de Género do país, em 2017. Neste papel, foi responsável (com sucesso) de uma nova lei de assédio sexual que permite a aplicação de multas no local a homens que chamam, assediam ou seguem mulheres na rua.

O facto de ter sido capa da Playboy, vestindo uma indumentária branca, gerou críticas por parte de colegas políticos, incluindo da primeira-ministra francesa Elisabeth Borne. "Não é apropriado, especialmente durante este período", disse, de acordo uma fonte citada pela CNN. Em França, a Playboy é uma das publicações editoriais mais fortes: passou a ser trimestral em 2020 e com um maior foco em temas da atualidade, com "um pé no presente, ou mesmo no futuro, e outro no passado glorioso", segundo um comunicado de imprensa. 

A França encontra-se no pico de uma crise política e social desencadeada pela decisão de Macron de avançar com as controversas medidas que envolvem o aumento das idades da reforma (dos 62 para 64 anos), e os populares saíram à rua em protestos durante vários dias, exigindo a anulação da medida.

Schiappa respondeu às críticas negativas num tweet, no sábado passado, dizendo: "Defender o direito das mulheres a terem o controlo dos seus corpos, isso está em todo o lado e a toda a hora". Em França, as mulheres são livres. Com todo o respeito pelos detratores e hipócritas".

O ministro do interior, Gérald Darmanin, veio em defesa de Schiappa durante uma entrevista ao canal francês CNews este domingo, 2 de abril, apelidando-a de uma "mulher de caráter". "Queria dizer que Marlene Schiappa é uma corajosa mulher política que tem o seu carácter e que tem o seu estilo que não é o meu, mas que eu respeito", disse. Prisca Thévenot, do grupo e centro esquerda Renaissence, também saiu em sua defesa: "Não se trata de posar nua, mas de abordar questões importantes"
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