O novo filme de Quentin Tarantino foi alvo de críticas no Twitter
Once Upon a Time in Hollywood estreia em 2019.
Jim Carrey chegou a escolher realizadores e produtores para os seus projectos, sobretudo na altura da bonança nas bilheteiras de Ace Ventura e The Grinch… Já ninguém consegue escolher entre todos os estúdios os projectos à sua imagem. A própria estratégia dos grandes estúdios de Hollywood passa por não criar novas estrelas – é sempre preferível apostar nos actores de tarimba, conhecidos do público, mas sem o chamado "star power". Nomes como Mark Whalberg ou Hugh Jackman têm essa capacidade de reconhecimento e trabalham muito sem salários inflacionados. Porém, há casos de actores que ganharam e conservaram um poder muito próprio. Um dos maiores exemplos talvez seja Oprah Winfrey que, desde os anos 80, trocou o cinema pela televisão e rentabilizou a sua popularidade a ponto de criar um império de comunicação, voltando ao cinema quando muito bem entende. Oprah, nesta altura, talvez seja mesmo a única alternativa real a Trump na corrida presidencial.
Mas a grande verdade é que, neste momento, assistimos a uma novíssima vaga de legado de poder. Estúdios como a Warner Bros., a Paramount ou a Lion's Gate estão a baralhar as contas. Em vez de haver um rosto de poder, estão antes a formar-se comités. As decisões de despedir ou contratar um realizador são feitas com estudos, debates e muito consenso. Está a deixar de se ver aquela escola de totalitarismo de rompante. Por exemplo, na Paramount, o antigo CEO, Brad Grey, terá tido alguma dificuldade em estalar os dedos e dar a tal "Luz verde" a um projecto. As diversas divisões da Paramount têm de estar em sintonia, sobretudo porque se trata de um estúdio gerido pela Viacom, onde quem manda é a implacável Shari Redstone que adora ter o tal poder que é afrodisíaco. Tudo isto baralha um pouco o processo de funcionamento da produção dos filmes.