Beyoncé e Jay-Z prestam homenagem a Meghan Markle num vídeo viral
Foi durante o vídeo de aceitação do BRIT Award ontem, 20, que os Carters substituiram a imagem de Monalisa por um retrato de Meghan Markle.
Leaving Neverland, o documentário que expõe os alegados abusos sexuais a menores por Michael Jackson está envolto em controvérsia. O filme estreou em janeiro no Festival de Cinema de Sundance e dividiu desde logo dividiu opiniões. A primeira de duas partes estreou ontem, a segunda passa hoje e ambas prometem questionar o legado do Rei do Pop.
O filme de quatro horas foca-se em dois homens que acusam Jackson de abuso sexual quando eram crianças. Wade Robson e James Safechuck ficaram próximos de Michael nos finais dos anos 80 e início dos anos 90, e passaram muito tempo com o cantor no seu rancho na Califórnia, Neverland. Jackson ter-lhes-á oferecido jóias em troca de favores sexuais feito ameaças de prisão caso falassem a alguém das suas relações.
Tais acusações não são novidade, pois os últimos anos de vida de Jackson foram envoltos em especulação sobre a sua vida sexual, a sua relação com crianças, a sua obsessão com cirurgias plásticas e os seus problemas financeiros. Jackson já tinha, aliás, sido acusado duas outras vezes (em 1993, por Jordie Chandler e em 2005 por Gavin Arvizo, ambos de 13 anos) mas fora ilibado.
Um dos pontos mais chocantes no documentário é a similaridade das histórias contadas por ambos os homens e também com a narrativa de Arvizo – Jackson convidava os rapazes a dormirem na cama com ele, escrevia-lhes cartas e enviava-lhes faxes, oferecia presentes às famílias e treinava-os para o amar e defender sempre. Note-se que, no julgamento de Arvizo, Robson defendeu Jackson em tribunal afirmando que o cantor nunca lhe tinha tocado e Wade, quando questionado por investigadores, disse o mesmo.
A família de Jackson sublinha esta negação e reclama que o documentário é uma forma de fazer dinheiro e ganhar fama. Porém, o realizador do filme, Dan Reed, procura demonstrar como todas as pessoas em redor daquelas crianças foram afetadas – mães, mulheres e outros membros das suas famílias foram entrevistadas.
Antes da estreia, a família de Michael Jackson processou a HBO. Howard Weitzman, o advogado da família de Jackson, disse à revista Variety que "a HBO e o reliazador [do documentário] estavam cientes dos seus motivos financeiros e estavam cientes que há muitos factos contraditórios disponíveis de várias fontes, mas tomaram a decisão inconsciente de enterrar as provas e só darem luz à narrativa que lhes interessava. Se tivessem feito um filme objetivo, o público poderia tirar as suas próprias conclusões sobre as alegações em vez e de terem um canal de televisão a ditar-lhes o que devem ou não creditar acerca de Michael Jackson".
Apesar e eventuais problemas legais, o canal HBO deixou estrear o documentário. "Apesar das tentativas desesperadas de prejudicar o filme, os nossos planos não mudaram. A HBO vai avançar com a transmissão de Leaving Neverland, o documentário de duas partes, a 3 e 4 de março. Isto vai permitir que todas as pessoas tenham oportunidade de avaliar o filme e as acusações, por si mesmas" disse o canal de televisão à Variety.