A atriz e ativista norte-americana regressou ao Capitólio, em Washington D.C, na quarta-feira passada para manifestar o seu apoio às vítimas de violência doméstica. No seu discurso, Angelina Jolie apela aos senadores que aprovem a Lei da Violência contra as Mulheres (VAWA - Violence Against Women Act).
"Ao estar aqui no centro do poder da nossa nação, só consigo pensar em todos aqueles que se sentiram impotentes por causa dos seus agressores e por um sistema que falhou em protegê-los", disse Jolie. "A razão pela qual tantas pessoas têm dificuldade em sair de situações abusivas é porque as fizeram sentir-se inúteis. Quando há silêncio da parte de um Congresso que está demasiado ocupado para renovar a Lei da Violência contra as Mulheres durante uma década, reforça-se essa sensação de desvalorização", continuou.
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"A verdade cruel é que a violência doméstica é normalizada no nosso país. Há pessoas nesta sala que já sofreram abusos e a quem lhes foi negada justiça e que trabalharam durante anos para assegurarem que a reautorização do VAWA alcançasse certas proteções básicas que nenhum sobrevivente deveria ter de pedir."
Claramente comovida, a enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados concluiu o seu discurso referindo que "acima de tudo, quero reconhecer as crianças que estão aterrorizadas e a sofrer neste momento, e todas as pessoas para quem esta legislação veio demasiado tarde. As mulheres que sofreram devido a este sistema com pouco ou nenhum apoio – elas ainda carregam a dor e o trauma do seu abuso. Os jovens adultos que sobreviveram ao abuso e se tornaram mais fortes, não por causa do sistema de proteção de menores, mas apesar dele. E as mulheres e crianças que morreram, que não puderam ser salvas."