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Beleza / Wellness

As sobras de comida podem todas ser guardadas no frigorífico? Aparentemente não

Com o antigo hábito de guardar todos os tipos de restos num local refrigerado, é crucial compreender que nem todos os alimentos podem estar em contacto com o ar frio, como é o caso dos ovos. Uma nutricionista responde às nossas perguntas.

Foto: Pexels
12 de fevereiro de 2024 às 07:00 Safiya Ayoob / Com Rita Silva Avelar

As sobras de comida são uma inevitável realidade na rotina culinária, frequentemente resultado da confeção de porções generosas, e longe de serem meramente restos indesejados, podem ser uma oportunidade para exercitar a criatividade na cozinha. Após a refeição, é comum guardarmos os restos no friogorífico, mas será este o local ideal para o fazer? Mais especificamente, quais são os ingredientes que se adaptam bem ao ar fresco do friogorífico e quais devemos evitar irem lá parar?

Crescemos a acreditar que se quisermos prolongar a vida útil dos alimentos, devemos colocá-los no friogorífico, pois o ar fresco irá, sem dúvida, preservá-los sem danificar os seus componentes. No entanto, segundo a Patrícia Segadães, nutricionista da Clínica Cognilab Cascais, "existem vários alimentos que não devem ser guardados no friogorífico, pois em alguns casos isso pode afetar as suas características químicas e organolépticas". Quais são então esses alimentos? O primeiro, que pode surpreender, são os ovos. "Este é um dos alimentos que a grande maioria das pessoas continua a colocar no frigorífico, principalmente na porta. No entanto, pôr os ovos na porta do frigorífico faz com que estes sofram alterações frequentes de temperatura, o que pode comprometer a sua integridade. Além disso, o movimento da porta aumenta o risco de microfissuras na casca, aumentando o risco de contaminação."

Foto: DR

Continuando na lista dos alimentos que devem ser evitados, temos o pão e os bolos secos, pois a humidade afeta a sua textura, levando-os a estragarem-se mais rapidamente; o mel, sendo que o frio pode fazer com que perca parte das suas propriedades benéficas; as batatas, porque a luz e a temperatura baixa favorecem a formação e aumento das concentrações de solanina, uma substância presente neste tubérculo que, quando consumida em doses elevadas, pode levar a intoxicações; a banana, que se deteriora mais rapidamente em temperaturas baixas; e, por último, a cebola e o alho, que podem ganhar mofo, ter uma duração menor e comprometer o sabor quando armazenados no frio.

Após esta extensa lista, é importante referirmos os alimentos que são seguros para conservar no friogorífico. Patrícia Segadães refere que "a grande maioria dos alimentos ricos em água beneficia da refrigeração, pois a temperatura mais baixa inibe ou retarda o crescimento de microrganismos, reduzindo a atividade das enzimas microbianas presentes nos alimentos". Por isso, é recomendado guardar no friogorífico alimentos como laticínios, molhos após abertos, vegetais após serem cortados, charcutaria, doces e compotas após abertos, e sobras de comida, idealmente em recipientes de vidro com tampa.

É extremamente importante verificar se um alimento pode ser conservado num local frio, pois muitos, para além da contaminação já referida, podem perder valor nutricional. "A exposição prolongada ao frio e à luz pode levar à degradação de certos nutrientes, principalmente vitaminas." Como forma de garantir uma boa nutrição, a médica deixa a sugestão: "O ideal é que as sobras de comida sejam colocadas logo após a refeição num recipiente limpo e hermético (idealmente de vidro) e levadas ao friogorífico. Muitas vezes surge a dúvida se se deve depositar comida ainda quente no friogorífico. A verdade é que não há problema algum nisso; pelo contrário, desta forma garantimos que o alimento arrefece mais rapidamente e em condições muito mais controladas, evitando a contaminação e o crescimento microbiano."

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