Jovens são os que psicologicamente mais sofrem com a pandemia
Evitar a propagação do vírus de covid-19 é a principal preocupação neste momento, no entanto, as implicações psicológicas podem ser outro problema a considerar. Um estudo sobre saúde mental revelou que os jovens se destacam como os mais afetados psicologicamente com a pandemia.

Em abril deste ano, o jornal de medicina inglês The Lancet realizou um estudo com 17 452 adultos, no Reino Unido, para saber o potencial impacto do covid-19 na saúde mental. Este revelou alterações significativas nos adultos antes e depois do confinamento: os jovens, as mulheres, e aqueles com crianças pequenas viram a sua saúde mental piorar significativamente mais do que outros grupos.

O estudo UK Household Longitudinal Study foi feito através de um inquérito com 12 questões que incluiram temas como a qualidade do sono, a concentração, a capacidade de tomar decisões e como se sentiam – tristeza, sufoco, tensão ou outros. Para cada resposta, o estudo atribuiu um número entre 0 e 4 para medir como estava a saúde mental, com a pontuação mais alta a indicar uma saúde mental mais agravada. Depois, somou-se a pontuação de cada questão para obter um valor total no inquérito, de 0 a 36 – que indicava um balanço global da saúde mental. Foi também aplicado um sistema separado de respostas para estimar se as pessoas apresentavam níveis clinicamente significativos de sofrimento psicológico, para serem acompanhadas por um profissional.
O estudo concluiu que a saúde mental se agravou nos homens em +0,06, e que nas mulheres foi bastante superior, apontando uma subida de +0,92 e finalmente, nos jovens dos 18 aos 24 houve o maior aumento registando +2,7 acima do que foi estimado. A falta de aulas presenciais, supervisão por parte dos professores, acesso a refeições regulares e a convivência com outros jovens contribuíram bastante para este aumento.
Através de estudos anteriores, foram capazes de perceber que, tinham previsto como seriam os resultados de 2020, sem a pandemia – concluíram que os resultados foram 0.5 pontos piores este ano do que tinham previsto, o que sugere que a pandemia, teve de facto, efeitos negativos psicologicamente.

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