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Feira de artes em Londres partilha obras que tinham sido censuradas

Um grupo de mulheres artistas que fizeram obras proibidas nas décadas de 60 e 70 expõe finalmente na Frieze London 2017.

Foto: D.R.
10 de outubro de 2017 às 16:57 Marta Carvalho
Acabou no passado dia 8 a mais recente edição da Frieze London, uma feira de artes londrina que apresenta ao público alguns dos artistas contemporâneos mais promissores. Entre outros nomes, o evento deu destaque a um grupo de artistas femininas cujos trabalhos sexualmente explícitos foram, a certa altura, confiscados ou proibidos de serem expostos. Sex Work: Feminist Art & Radical Politics contou com nove apresentações a solo, todas de artistas diferentes.
Uma das artistas que viu as suas obras serem finalmente apresentadas ao público foi Betty Tompkins, que entre 1969 e 1974 criou uma série chamada F--- Paintings composta por pinturas fotorrealistas de relações sexuais. Estes trabalhos não foram vistos pelo público até ao início de 2000 porque nenhuma galeria os aceitara até então.
No grupo de nove mulheres encontram-se também Judith Bernstein, conhecida pelas suas famosas pinturas fálicas, Marilyn Minter, cujas fotografias apresentam sempre elementos sexuais e eróticos, Natalia LL, uma pioneira na arte feminista polaca, e Renate Bertlmann, uma austríaca de 74 anos cujos trabalhos envolvem fotografias de preservativos cheios de ar e autorretratos da fotógrafa grávida e vestida de noiva.
Bertlmann esperou pelo reconhecimento até 2015, ano em que expôs os seus trabalhos no Tate Modern e agora na Frieze em Londres. A feira teve exposta a sua obra Kaktus, um cato de plástico com um dildo rosa em cima, que parece representar a reação do mundo da arte às mulheres que, na altura, se atreveram a expressar a sua sexualidade. A obra acabou por ser sensação no Instagram, plataforma que fez publicidade à feira e partilhou com o mundo os trabalhos destas artistas.
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