Cinco anos de histórias na Casa Independente
Há cinco anos nascia um dos lugares que mudou a noite (e o dia) do bairro do Intendente. Fomos conversar com as proprietárias, Inês Valdez e Patrícia Craveiro Lopes.
Quando chegamos ao número 45 do Largo do Intendente, temos mesmo de parar um minuto para contemplar as grandes portadas verdes que são o centro de um edifício que guarda uma história com muitas estórias por dentro. A Casa Independente está a comemorar cinco anos este mês, cinco anos passados a fazer mexer um dos bairros mais emblemáticos (e até há pouco tempo adormecidos) da cidade. Estamos prontas para entrar - pela segunda vez em missão - na Casa Independente. A primeira parte aconteceu na semana anterior: um jantar com Inês Valdez e Patrícia Craveiro Lopes, as proprietárias (dizer assim soa a pouco, pois as duas são empreendedoras e curadoras permanentes, party animalspor natureza e é delas que vem boa parte da personalidade do espaço) para as conhecer melhor e saber como tudo começou.

A Casa Independente nasceu há cinco anos, de forma despretensiosa, e por acaso. O salão, o espaço mais icónico de todos, é o sítio para dançar livre e feliz – também é aqui que está um dos símbolos da casa pintados ao fundo: o tigre. Encontramos de novo o tigre em estatueta no espaço do balcão interior, onde muitos cotovelos pousam ansiosos na bancada à espera de um dos muitos cocktails da carta, de um copo de vinho ou de uma cerveja. Daí podemos seguir rapidamente até às casas de banho. Falamos em plural porque assim a lei ordena, caso contrário Inês e Patrícia só tinham uma disponível para todos. "A dos homens" é iluminada com rosa néon e tem um flamingo, a "das mulheres" é verde e tem um cato. O objetivo não é confundir, nas palavras das proprietárias, "é ir à que está disponível e acabou". De pés bem assentes na terra e ideias bem vincadas, foi assim que as encontramos nesta segunda missão em vídeo.
Desta vez, é quase meio-dia e a luz começa a cair sobre o espaço criando sombras entre as folhas da grande videira, o único elemento que separa o céu azul de outono e o chão. Todos os cantos parecem chamar por nós: desde a banheira que é sofá à parede que tem uma bananeira por trás, da zona cor de laranja com plantas a fazer lembrar Marrocos ao balcão de rua rodeado de verdes? O balcão, decidimos.

Veja o vídeo em cima com a entrevista e fique a conhecer a programação de aniversário da Casa Independente em baixo.


Salomé Lamas apresenta obras inéditas em Vila do Conde
Salomé Lamas: Solo é a nova exposição da Solar Galeria de Arte Cinemática que abre ao público já esta sexta-feira.
Feira de artes em Londres partilha obras que tinham sido censuradas
Um grupo de mulheres artistas que fizeram obras proibidas nas décadas de 60 e 70 expõe finalmente na Frieze London 2017.