O escândalo Weinstein: quem sabia e quem não sabia
É o maior escândalo de Hollywood dos últimos tempos e está a levantar as mais variadas vozes dentro e fora da indústria cinematográfica.
O produtor foi recentemente despedido da sua própria empresa, depois das acusações de assédio sexual por parte de várias mulheres.O escândalo rebentou na semana passada depois de terem voltado à luz as acusações de atrizes como Ashley Judd ou Rose McGowan e de modelos como a italiana Ambra Battilana. Primeiro, criticou-se o silêncio sepulcral de Hollywood sobre o tema, mas o início desta semana ficou marcado por algumas personalidades que publicamente já vieram condenar o alegado comportamento de Harvey Weinstein. Uma delas foi Meryl Streep, mas outras seguiram-se entretanto.
Agora, foi a vez da reação da designer de moda Donna Karan chocar o mundo. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, durante a red carpet dos prémios Cine Fashion, em Los Angeles, a designer terá dito: "Penso na forma como nos mostramos. Como é que nos andamos a apresentar enquanto mulheres? O que andamos a pedir? A verdade é que estamos a pedir, quase aos gritos, dando de bandeja toda a sensualidade e sexualidade. Olho o mundo em redor, a forma como as mulheres se vestem, aquilo que estão a pedir ao apresentarem-se dessa forma. O que é que estão a pedir no fim de contas? Problemas."
Karan foi a primeira celebridade a defender publicamente o produtor, aproveitando mesmo para falar da mulher de Weinstein, a designer da marca Marchesa, Georgina Chapman, e referindo-se ao casal como "pessoas maravilhosas".
Depois destas declarações foram já várias as figuras públicas que no Twitter criticaram Donna Karan. Mia Farrow é um dos exemplos, reforçando que não voltará sequer a vestir a marca DKNY.
Entretanto, Donna Karan já veio fazer um comunicado, no qual dá o dito por não dito, explicando: "Na red carpet fiz um comentário que não diz exatamente aquilo em que acredito. Passei toda a minha vida a enaltecer as mulheres. Dediquei-me a vestir e satisfazer as necessidades das mulheres, dando-lhes poder e promovendo a igualdade de direitos. Essas minhas declarações foram postas fora do contexto e não representam a forma como sinto em relação a esta situação do Harvey Weinstein." A designer finalizou pedindo desculpa por ter ofendido mulheres que tenham alguma vez sofrido com assédio sexual.
Soube-se agora que Brad Pitt chegou a ameaçar Weinstein, no início dos anos 90, depois de ter sabido da tentativa de abuso deste para com a sua então namorada Gwyneth Paltrow. ‘Eu era uma miúda, estava a começar e fiquei petrificada. Pensei que ele me ia despedir’, revelou Paltrow. Angelina Jolie também já veio contar publicamente que foi assediada pelo produtor de Hollywood, e muitas outras mulheres estão a seguir o exemplo. ‘Eu tive uma má experiência com Harvey Weinstein durante a minha juventude, e como resultado, escolhi nunca voltar a trabalhar com ele e avisei outras quanto ao seu comportamento. Este comportamento contra as mulheres, em qualquer lugar, em qualquer país é inaceitável.’, confessou recentemente Jolie.
As notícias estão a surgir em catadupa, quase como se de uma bola de neve a alta velocidade se tratasse. Novas acusações foram feitas, nomeadamente por parte da atriz Rose McGowan, que afirma que atores como Matt Damon, Russell Crowe e Ben Affleck sabiam de algumas das práticas de Weinstein e nada fizeram quanto a isso.
Mais recentemente, foi Cara Delevingne quem resolveu contar a sua experiência com Weinstein a um jornalista que, de imediato partilhou a mensagem no seu Twitter:
I just received this statement from @Caradelevingne detailing her experience with Harvey Weinstein. Thank you, Cara. pic.twitter.com/SA1D05lYH4
Num artigo publicado no jornal britânico The Guardian, a atriz francesa Léa Seydoux afirmou também que o produtor de cinema Harvey Weinstein tentou assediá-la sexualmente num quarto de hotel. Seydoux contou que o produtor a convidou para tomar bebidas e discutir trabalho, acabando por saltar para cima dela, tentando beijá-la. 'Eu tive que me defender. Ele é grande e gordo, então eu tive que ser forte para resistir a ele', confessou a atriz. A atriz disse ainda que a indústria cinematográfica é machista e misógina, e que 'trata as mulheres com desprezo'. Claire Forlani, a atriz que protagonizou o filme Meet Joe Black ao lado de Brad Pitt, também já veio a público contar a sua experiência através do Twitter:
Num artigo publicado no jornal britânico The Guardian, a atriz francesa Léa Seydoux afirmou também que o produtor de cinema Harvey Weinstein tentou assediá-la sexualmente num quarto de hotel. Seydoux contou que o produtor a convidou para tomar bebidas e discutir trabalho, acabando por saltar para cima dela, tentando beijá-la. 'Eu tive que me defender. Ele é grande e gordo, então eu tive que ser forte para resistir a ele', confessou a atriz. A atriz disse ainda que a indústria cinematográfica é machista e misógina, e que 'trata as mulheres com desprezo'.
Claire Forlani, a atriz que protagonizou o filme Meet Joe Black ao lado de Brad Pitt, também já veio a público contar a sua experiência através do Twitter:
#HarveyWeinstein #ClaireForlani #MyStory pic.twitter.com/gEVDkbP5ec
A atriz inglesa Emma Thompson acaba de fazer, talvez, a descrição perfeita para todo este caso. Pelo menos, assim está a reagir a internet aos comentários da atriz ao caso Harvey Weinstein. Segundo ela, ele é apenas a 'ponta de um iceberg'. Como ele, existem muitos outros homens em Hollywood. Veja aqui as declarações de Thompson: Na fotogaleria em cima, as vozes que se têm ouvido em Hollywood contra Harvey Weinstein.
A atriz inglesa Emma Thompson acaba de fazer, talvez, a descrição perfeita para todo este caso. Pelo menos, assim está a reagir a internet aos comentários da atriz ao caso Harvey Weinstein. Segundo ela, ele é apenas a 'ponta de um iceberg'. Como ele, existem muitos outros homens em Hollywood. Veja aqui as declarações de Thompson:
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