Quem era Gaspard Ulliel, ator em filme de Saint Laurent e estrela da Marvel
Aos 37 anos, o ator perdeu a vida num acidente de ski que aconteceu numa estância no sul de França.
Pergunta aos talibãs porque tem que cobrir o rosto, porque carregam armas ou o que pretendem fazer às mulheres afegãs. As imagens de Clarissa Ward em Cabul, capital do Afeganistão, têm corrido o mundo. A chefe correspondente da equipa internacional da CNN mostra-se destemida na abordagem aos afegãos, incluindo os talibãs, que tomaram conta da capital no passado domingo 15 de agosto, restaurando o Emirado Islâmico no Afeganistão. Ao lado da não menos corajosa equipa da CNN, a jornalista tem retratado os momentos de tensão na cidade, sobretudo no aeroporto, onde há um clima de medo provocado por talibãs armados e afegãos que querem escapar. Aos 41 anos, é vista como uma das repórtes correspondentes mais destemidas e convictas da atualidade, e o seu percurso é prova disso. Começou como assistente na
Here's the moment that @clarissaward and crew were confronted by the Taliban on the streets of Kabul. pic.twitter.com/2ueKYbR8xg
Antes de outubro de 2007, Ward morava em Beirute e trabalhava como correspondente da Fox News. Ao longo da sua carreira, conduziu entrevistas com figuras notáveis como o general David Petraeus, o então vice-primeiro-ministro iraquiano Barham Salih ou o presidente libanês Emile Lahoud. É fluente em francês e italiano, mas também sabe russo, árabe e espanhol, e até o básico de mandarim. Formou-se na Universidade de Yale, nos EUA.
De outubro de 2007 a outubro de 2010, foi correspondente da ABC News em Moscovo, onde conheceu o atual marido, com quem tem dois filhos pequenos (3 e 1 anos). Na Rússia, Ward cobriu as eleições presidenciais que levaram Vladimir Putin à presidência, em 2012. Mais tarde, Ward foi transferida para Pequim, como correspondente da ABC News na Ásia, onde reportou o terramoto Tohoku e o tsunami de 2011 no Japão. Também cobriu os conflitos no Afeganistão ao longo dos anos - pelo que não está num terreno que não conhece. Pelo contrário - em 2019, foi uma das primeiras repórteres ocidentais a cobrir a vida nas áreas controladas pelos talibãs no Afeganistão.
A carreira de Ward na CBS começou como correspondente internacional, em outubro de 2011. Foi colaboradora do programa televisivo 60 Minutes. Da guerra civil na Síria à passagem do ativista de direitos civis chinês Chen Guangcheng pela Embaixada dos Estados Unidos em Pequim, e às negociações subsequentes entre os Estados Unidos e a China, sem esquecer a revolução ucraniana de 2014, Ward cobriu eventos de enorme peso mundial.
Em 2012, durante um trabalho para o programa 60 Minutes na cidade síria de Aleppo, Ward e a sua equipa sofreram disparos de franco-atiradores e bombardeios aéreos. Em julho de 2013, Ward esteve no Egipto, filmando na mesma área onde a correspondente da CBS Lara Logan foi abusada sexualmente alguns anos antes. Em outubro de 2014, Ward voltou à Síria clandestinamente para entrevistar dois jihadistas ocidentais sobre radicalismo.
Juntou-se, por fim, à CNN em 2015, baseada em Londres. Em julho de 2018, a CNN nomeou Ward como a principal correspondente internacional, sucedendo a Christiane Amanpour.
Em 2020 esteve à frente do caso do líder da oposição russo Alexei Navalny durante anos, que culminou no seu envenenamento em agosto do ano passado. Está agora em Cabul, a cobrir a tomada de posse dos talibãs e o clima de instabilidade na cidade. Entre os prémios de carreira que já recebeu, sobressaem o Foster Peabody, em 2012, pela sua cobertura jornalística na Síria. Em outubro de 2014, a Washington State University anunciou que Ward receberia o prémio Murrow de Reportagem Internacional de 2015. Já tem sete Emmys. No Twitter e no Instagram partilha diariamente informações sobre o seu percurso, desafios que enfrenta e questões de atualidade. É autora do livro On All Fronts onde narra histórias duras que tem vivido ao longo da sua carreira.