Faleceu o jovem ator francês Gaspard Ulliel, vítima de um acidente de ski. Ator e modelo, sobressaiu pela primeira vez ao lado de Emmanuelle Béart, num filme de André Téchiné, Os Fugitivos, quando tinha apenas 19 anos. Em 2006 fez a curta Paris Je t'Aime, de Gus Van Sant, e 10 anos depois protagonizou Tão Só o Fim do Mundo, de Xavier Dolan, ao lado de Nathalie Baye, Vincent Cassel e Marion Cotillard, onde interpreta um jovem que volta a casa para anunciar uma doença terminal.
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Entre os papéis que o distinguiu estão a versão juvenil de Hannibal Lecter, no filme de 2007, e a sua interpretação de Yves Saint Laurent no auge de sua carreira nas décadas 60 e 70, no filme Saint Laurent, de Bertrand Bonello. Era atualmente rosto das campanhas publicitárias do perfume Bleu da Chanel. Elegante, gostava de surgir vestido de preto, andava de mota e distinguia-o uma cicatriz na bochecha, que lhe conferia nada menos do que carisma. A certa altura da sua carreira, começou a procurar projetos especiais, distanciando-se do clichê de menino bonito do cinema francês.
Rosto de Bleu, perfume da Chanel.
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Em 2005 recebeu um prémio César de Ator Revelação pelo filme Eterno Amor, de Jean-Pierre Jeunet, realizador de O Fabuloso Destino de Amélie. Mais recentemente interpretou Anton Mogart, em Moon Knight: Cavaleiro da Lua, a sexta série Marvel da Disney+ que estreia em março.
Mantinha um relacionamento desde 2013 com a modelo francesa Gaëlle Piétri, e com quem teve um filho, Orso, de 6 anos. Ainda não são conhecidos mais detalhes sobre o trágico acidente, que ocorreu na terça feira no sul de França, nem sobre a morte, avançada pela Agence Presse-France (APF). Sabe-se que Gaspard foi transportado para o Hospital Universitário de Grenoble na terça-feira, onde acabou por morrer, a 19 de janeiro.
Entretanto, amigos e colegas do ator já reagiram à sua morte, como Xavier Dolan, que publicou um texto emotivo onde diz: "É inacreditável, sem sentido, e tão doloroso até pensar em escrever estas palavras. O seu riso tranquilo, o seu olhar atento. A sua cicatriz. O seu talento. A sua escuta. Os seus sussurros, a sua gentileza" referindo-se ao ator, com quem trabalhou de perto.
O Ano do Pensamento Mágico, o livro em que relata o seu luto pelo marido de toda a vida, tornou-a famosa mas Joan Didion há muito que revolucionara o papel das mulheres na Literatura e no Jornalismo. Morreu esta 5ª feira, aos 87 anos.