O estudo foi desenvolvido por dois cientistas portugueses, Rita Fior e Miguel Godinho Ferreira, e acaba de ser publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. O objetivo da investigação passou por mostrar que as larvas do peixe-zebra podem servir para saber antecipadamente a resposta dos diferentes tipos de cancro de diferentes pacientes às quimioterapias já existentes.
No artigo científico acabado de publicar, os investigadores explicam que um cancro pode ser muito heterogéneo e vai evoluindo com o tempo, o que faz com que a quimioterapia não seja eficaz na eliminação de todas as células tumorais. O estudo faz ainda referência que a maioria dos testes é realizada com ratos, o que prolonga o tempo de espera dos resultados por vários meses; os testes realizados com peixes-zebra acabam por ser bastante mais rápidos, devido à pequena dimensão dos animais,
Os dois investigadores estudaram os casos de cinco doentes com cancro colo-retal e implantaram células tumorais dos doentes nas larvas de peixe-zebra. De seguida testaram o impacto de diferentes quimioterapias nos tumores criados. No final, os resultados foram bastante positivos: em quatro dos cinco casos analisados, os resultados nas larvas foram idênticos aos resultados com os doentes, o que vem comprovar que, no futuro, pode prever-se os resultados antecipadamente.
Os dois cientistas esperam que o estudo esteja concluído dentro de dois anos e vão ter de recorrer a uma amostra maior para conseguir resultados mais sólidos e conclusivos. Para já a equipa portuguesa acredita que os resultados podem dar origem um novo teste para prever com rapidez e eficácia o tratamento mais indicado para cada doente.